Descaindo a rede do reconhecimento: as pescadoras e o seguro-defeso na comunidade Cristo Rei no Careiro da Várzea
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras BR UFAM Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2311 |
Resumo: | O presente estudo aborda a questão do reconhecimento do trabalho das mulheres na pesca a partir da pesquisa realizada com as pescadoras da Comunidade Cristo Rei, no município do Careiro da Várzea, Amazonas. Dessa forma, tenciona a caracterização das mulheres pescadoras e seu reconhecimento como trabalhadoras da pesca e sua inserção na Política do Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal (PSDPA), bem como a contribuição dessa política em suas formas de reprodução social. A pesca é uma das atividades mais importantes no cotidiano das famílias que habitam as áreas rurais e ribeirinhas da Amazônia, praticada principalmente em rios, lagos, paranás e igapós. Mas a presença feminina na atividade foi historicamente negada, silenciada, e o protagonismo das pescadoras subsumido na ideia de que na pesca as mulheres são apenas ajudadeiras. A partir dos anos 1990, estudos como o de Motta-Maués e Alencar trazem à tona a relevância da presença das mulheres na pesca, mas também destacam a dívida da academia e a carência de estudos sobre as pescadoras. As práticas cotidianas observadas no trabalho de campo e os relatos nas entrevistas evidenciam que as pescadoras da comunidade Cristo Rei vêm aos poucos rompendo com a invisibilidade na pesca, universo descrito eminentemente como masculino. Nessa luta pelo reconhecimento, essas trabalhadoras encontram subsídios na PSDPA, popularmente conhecida como seguro-defeso. |