Avaliação do uso vacinal de peptídeos baseados na proteína OmpA de Shigella spp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Marques, Jéssica Araújo
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4502043823913462
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8704
Resumo: A shigelose é uma doença diarreica ocasionada por bactérias gram-negativas do gênero Shigella sp. que ocorrem principalmente em crianças menores de 5 anos que contribuem para um elevado índice de morbidade e mortalidade infantil, dessa forma caracterizando um grave problema de saúde pública global. Diante disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) determinou prioridade para o desenvolvimento de novas estratégias para o combate contra shigelose. Dentre estas estratégias, a busca por vacinas efetivas e de baixo custo se enquadram como uma necessidade eminente. Assim, este estudo propôs imunizar camundongos da linhagem BALB/c, com um peptídeo sintético (P2) selecionado a partir de uma sequência da proteína de membrana externa A (OmpA) de Shigella, pelas vias: intranasal utilizando esporos de Bacillus subtilis como estrutura carreadora; e intraperitoneal utilizando a proteína carreadora KLH (keyhole limpet hemocyanin), e posteriormente desafiá-los com dose letal deste patógeno (S. flexneri 5a M90T), para avaliar a capacidade de proteção estabelecida pelas duas vias. Os anticorpos anti-peptídeo produzidos ao longo das imunizações e posterior ao desafio foram analisados por meio do teste imunoenzimático ELISA. Após o desafio, os camundongos foram avaliados em relação ao peso e vigilância de morte. Os resultados demonstraram que a imunização pela via intranasal não foi eficiente quanto a produção de anticorpos sistêmicos, e consequentemente pouco protetora frente a infecção por Shigella. Em contrapartida, a imunização de modo intraperitoneal apresentaramm níveis elevados de anticorpos anti-peptídeo, e apresentou considerável capacidade de proteção na infecção ocasionada por este patógeno. Sendo assim, o peptídeo sintético P2, quando administrado pela via intraperitoneal, apresentou potencial imunogênico e protetor contra shigelose, confirmando ser um bom candidato a vacina.