Aiué: música, dança e políticas de identidade no Quilombo Jauari, Território Quilombola Erepecuru (PA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Farias, Marcos Alan Costa
Outros Autores: https://lattes.cnpq.br/7333050833906257
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9853
Resumo: Esta tese apresenta reflexão etnográfica sobre o ritual do Aiué que é cantado, tocado e dançado por agentes socias que se autodefinem como quilombolas da Comunidade Remanescente de Quilombo Jauari, Território Quilombola Erepecuru, no estado do Pará. O Aiué se constitui por meio de musicalidades, movimentos e religiosidades que se aglutinam ao processo de mobilização étnica pela garantia de direitos, como o território. Desta forma, o Aiué se firma como instrumento de identidade étnica mediante quilombolas e não quilombolas. As narrativas, bem como as práticas rituais objetivam afirmar e reafirmar a reinvenção de saberes que intercruzam a vida social quilombola dentro da sua dinamicidade. O Aiué, que está intimamente relacionado às chamadas Festas Culturais, funciona para além de mera prática romantizada, é na verdade instrumento estratégico que reforça as fronteiras sociais e consolida as antigas e as novas reivindicações étnicas. Esta tese também se preocupa em refletir novas formas teóricas e metodológicas para os campos da antropologia da música e da dança, de modo a garantir minimamente que a música e a dança praticadas no Aiué possam ser refletidas no intuito de repensar as formas de análise e interpretação nesses campos de estudo, a partir da própria percepção dos quilombolas.