As garis-vassoureiras: trabalho noturno em ambiente urbano do Centro Histórico de Manaus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Gersica da Conceição
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8909652660582983
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9070
Resumo: Com o aumento populacional ocorrido em Manaus, aumentou também a demanda por infraestrutura urbana, afetando a organização do espaço e trazendo consigo problemas socioambientais que se materializam em espaços públicos como ruas e praças, entre elas as localizadas no Centro Histórico de Manaus (CHM), em que os resíduos sólidos são parte integrante/acessória da paisagem. A pesquisa teve como objetivo a caracterização do trabalho das mulheres Garis-vassoureiras que estão cotidianamente na limpeza pública e no serviço de coleta de resíduos sólidos, no período noturno no CHM, no território de trabalho localizado entre a Praça da Matriz até a Praça da Polícia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, apoiada na pesquisa documental e de campo. As garis-vassoureiras são mulheres oriundas de contextos sociais fragilizados, onde as questões familiares e financeiras têm sido evidenciadas em função da sua baixa escolaridade e que encontraram na varrição de ruas e praças a estabilidade financeira, mesmo que sem terem completado seus estudos, mas que diariamente enfrentam as incertezas quanto aos seus direitos trabalhistas. Além disso, a categoria adota denominações distintas para homens e mulheres, as funções exercidas por ambos também se diferenciam e afetam diretamente em seus ganhos mensais. A questão dos resíduos sólidos produzidos no CHM é intensificada por ações de moradores de rua e catadores informais de materiais recicláveis, assim como por lixeiras públicas que não comportam a quantidade de resíduos gerados pela população, prejudicando o trabalho das garis-vassoureiras e causando problemas ambientais. As condições de trabalho tem sido um problema para as garis-vassoureiras, sendo que não há uma regularidade na distribuição de EPIs e os materiais de trabalho não possuem qualidade e sua disponibilidade deixa a desejar, afetando o trabalho de varrição e principalmente a saúde dessas mulheres. Enfim, as garis-vassoureiras desconhecem o significado do termo sustentabilidade, uma vez que não possuem conhecimento sobre o assunto, tampouco o mesmo não é tratado no âmbito institucional.