Epidemiologia molecular do vírus da imunodeficiência humana do tipo i no estado de Roraima
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4889 |
Resumo: | O estudo da diversidade genética e da presença de mutações de resistências aos antirretrovirais é de fundamental importância para a vigilância epidemiológica do HIV-1, pois pode fornecer informações sobre a biologia do vírus e orientar as políticas de prevenção e tratamento. De 2007 a 2012, dentre todos os estados da federação, Roraima figura entre os cinco primeiros estados com as maiores taxas de incidências, sendo que de 2008 a 2010 ocupou a segunda posição. Da mesma maneira, a capital Boa Vista de 2007 até 2011 também se posiciona entre as cinco capitais com maior taxa de incidência. Dados relacionados a genotipagem do HIV-1 circulante ou dados relacionados sobre mutações de resistência no estado são de fundamental importância para compreender a epidemia local. Nesse contexto, este trabalho identificou os subtipos do HIV-1 circulante, avaliou a resistência primária e secundária nos pacientes portadores de HIV e descreveu a frequência do polimorfismo rs333 no gene CCR5, em pacientes atendidos no Laboratório Central do Estado de Roraima/Laboratório de HIV. Para isso foram coletadas 121 amostras e as regiões do DNA proviral da RT/PR, Integrase e Envelope foram amplificadas e submetidas ao sequeciamento nucleotídico. O DNA genômico humano foi apenas amplificado e comparado por eletroforese. Os dados demográficos foram analisados por estatística descritiva, enquanto que os dados genéticos foram avaliados por diversas ferramentas de bioinformática para análise de resistência, genotigem, reconstrução filogenética e tropismo viral. Foi observada uma freqüência de 9,17% para o genótipo humano CCR5/CCR5Δ32 e 90,83% em relação ao CCR5/CCR5. Com relação ao subtipo viral, a maior prevalência encontrada foi para o subtipo B (Integrase) e gene Pol, seguido do subtipo F1 e de formas recombinantes B/F (Integrase) e B/D ( Pol). Somente um caso de resistência primária foi detectado (7,69%), no entanto em pacientes em tratamento esse número atingiu 30,7% . A análise filogenética mostrou que as amostras de Roraima se agrupam em diferentes clados com amostras brasileiras, venezuelanas, uruguaias e guianenses, o que provalvelmente reflete eventos distintos de introdução viral. Foram encontradas 25% de amostras com tropismo X4, o que afeta a possibilidade de administração do inibidor de fusão Maroviroque em parte dos pacientes avaliados. Acreditamos que os dados obtidos no presente estudo contribuirão para um melhor entendimento da epidemiologia do HIV/AIDS no estado de Roraima. Além do retorno científico, acreditamos que os resultados contribuirão indiretamente para a melhoria do atendimento desta população de pacientes. |