Caracterização da diversidade genética de simulium limbatum e simulium incrustatum em áreas de floresta tropical e de Savana do Estado de Roraima, Amazônia brasileira
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação Física e Fisioterapia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10534 |
Resumo: | O foco amazônico de oncocercose abrange o norte do Brasil e o sul da Venezuela. Estes são os dois países da América Latina onde a transmissão da Oncocercose ainda é relatada. A eliminação da doença na América Latina é um dos principais desafios dos estudos atuais. A área do foco é o lar de cerca de 20.000 índios Yanomamis, e é caracterizado por diferentes ecótopos de florestas tropicais e savanas. Ao menos seis espécies de simulídeos foram descritas no local do foco e incriminadas como vetoras da oncocercose. No entanto a correta identificação desses vetores nem sempre ocorre, logo, as espécies Simulium limbatum e Simulium incrustatum foram descritas no foco amazônico de oncocercose e ambas são incriminadas como vetoras de O. volvulus. Mesmo S. limbatum tendo sido descrita na área do foco amazônico, sua permanência nessas áreas é controversa, devido ao fato de que essas espécies são de difícil identificação, utilizando somente ferramentas morfológicas. Neste trabalho foi realizado o sequenciamento do gene CO1 de 15 espécimes de S. incrustatum e 27 espécimes de S. limbatum. Os espécimes consistem em fêmeas adultas, coletadas em áreas de savana e floresta, dentro e fora do foco amazônico de Oncocercose. As sequencias obtidas foram analisadas filogeneticamente. Resultando em formações de grupos monofiléticos distintos com suporte estatístico, (mesmo tratando-se de espécies que coexistem em simpatria). Esses estudos confirmaram a utilidade do gene CO1 para identificação de espécies dentro do foco amazônico. A identificação de espécimes de S. limbatum em áreas de floresta, formando também um grupamento monofilético distinto dos outros espécimes de S. limbatum, forneceram evidencias mais claras da presença de S. limbatum dentro do foco brasileiro de oncocercose. No entanto, a capacidade vetorial de S. limbatum dentro do foco brasileiro ainda é incerta. Os dados apresentados neste trabalho também descreveram espécimes de S. limbatum em áreas de savana e fora do foco amazônico, em áreas adjacentes (que representam a única população já incriminada como hospedeiros de O. volvulus, anteriormente), porém, esses espécimes de savana são geneticamente distintos daqueles que vivem no interior do foco. Estes resultados destacam a necessidade de uma visão mais clara da taxonomia desses vetores dentro do foco amazônico de oncocercose. |