Fatores associados à periodontite em pacientes com Diabetes Mellitus tipo II
| Ano de defesa: | 2022 |
|---|---|
| Autor(a) principal: | |
| Outros Autores: | |
| Orientador(a): | |
| Banca de defesa: | |
| Tipo de documento: | Dissertação |
| Tipo de acesso: | Acesso aberto |
| Idioma: | por |
| Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Odontologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Odontologia |
| Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
| Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
| País: |
Não Informado pela instituição
|
| Palavras-chave em Português: | |
| Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9146 |
Resumo: | A relação entre Diabetes Mellitus e periodontite é bem estabelecida. É considerada uma relação bidirecional, com a diabetes aumentando o risco para periodontite e a doença periodontal afetando adversamente o controle glicêmico e aumentando a gravidade das complicações da diabetes. A característica crônica-inflamatória em ambas as doenças faz com que elas compartilhem muitos fatores de risco em comum, como nível socioeconômico, idade, gênero, obesidade, tabagismo, álcool em excesso, sedentarismo entre outros. Apesar de existirem estudos que tenham demonstrado a influência desses fatores de riscos na periodontite e na diabetes, existem poucos que tenham avaliado essas associações simultaneamente, testando as possíveis relações diretas e indiretas entre elas. O objetivo desse estudo foi avaliar o papel da obesidade, nível socioeconômico e idade na relação entre controle glicêmico e parâmetros periodontais, por meio de modelo teórico-conceitual, em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Trata-se de um estudo observacional, transversal e analítico em que foi feito análise de 195 pacientes, acompanhados em unidades básicas de saúde, na cidade de Manaus, Amazonas. As variáveis Idade e nível de escolaridade e renda para caracterização socioeconômica foram coletados por meio de um questionário. Para variável obesidade, foi utilizado índice de massa corporal (IMC). Para avaliar os parâmetros glicêmicos e determinar o controle da diabetes, níveis séricos de hemoglobina glicada (HbA1c) foram considerados. A mensuração dos parâmetros periodontais foi realizada por meio de exame clínico periodontal, em que foram registrados profundidade de sondagem (PS), nível de inserção clínico (NIC), sangramento à sondagem (SS) e índice de placa (IP). Os participantes tinham idade média de 54,8 anos, com renda média familiar de 1 a 3 salários-mínimos (68,7%) e escolaridade até ensino médio completo (66%); 87,7 % estavam acima do peso com média dos níveis de hemoglobina glicada de 7,9%; enquanto 91,79% dos participantes foram diagnosticados com periodontite. O modelo teórico foi desenvolvido a partir do referencial teórico estabelecido e foi testado através da análise de caminhos (path analysis), estimando os efeitos diretos e indiretos entre as variáveis. Os modelos completo e parcimonioso demonstraram bom ajuste. Após análise, foi possível observar que maiores índices de hemoglobina glicada e níveis baixos de escolaridade apresentaram associação direta com piores parâmetros periodontais (número de dentes com NIC > 4 mm e SS); não houve efeito da obesidade e idade na piora dos parâmetros periodontais. Os resultados evidenciam as complexas relações existentes entre periodontite e diabetes e a importância do controle de fatores de riscos comuns para melhora da saúde bucal em pacientes diabéticos. |