Argamassa geopolimérica à base de lodo de estação de tratamento de água calcinado
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Tecnologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5532 |
Resumo: | No processo de tratamento de água para abastecimento público, realizado em estações de tratamento de água – ETAs, gera-se um resíduo convencionalmente chamado de lodo. Da mesma forma que acontece no solo, os principais constituintes do lodo de ETA são o silício (Si), o alumínio (Al) e o ferro (Fe). Tal composição permitiu sugerir que este resíduo poderia ser usado na produção de polímeros inorgânicos – os geopolímeros. Enquanto os polímeros convencionais são formados por estruturas de carbono, geopolímeros são constituídos de estruturas de Si e Al. São obtidos através da dissolução de materiais aluminossilicatos em solução altamente alcalina. Dentre as possíveis aplicações, podem ser empregados como pastas, argamassas e concretos, em substituição ao cimento Portland, o material ligante mais utilizado mundialmente na construção civil. Para verificar a adequação do lodo de ETA como material precursor geopolimérico, este resíduo foi devidamente beneficiado por meio de moagem mecânica e calcinação a 750 ° C por 6 horas, sendo caracterizado antes e após seu beneficiamento. Os resultados de análises químicas e mineralógicas comprovarem a adequação do lodo de ETA calcinado como matéria-prima geopolimérica. A fim de avaliar a influência dos mananciais de captação de água bruta nas características do lodo de ETA e, consequentemente, nas propriedades de materiais produzidos à base deste resíduo, foram coletadas amostras de lodo sob influência de dois diferentes mananciais. Com estas amostras produziu-se duas argamassas geopoliméricas. Os produtos finais foram devidamente caracterizados e os resultados comprovaram que, independentemente das peculiaridades dos mananciais, o lodo de ETA pode ser utilizado como material precursor geopolimérico. Nos ensaios térmicos, as duas argamassas produzidas exibiram indícios de comportamento refratário e se mostraram isentas de hidróxido de cálcio, portanto, pode-se inferir que são matrizes livres das ações deletérias ocasionadas por este composto. Nos ensaios de resistência mecânica, aos 28 dias de cura, atingiram 57 e 79 MPa, em média. Alguns resultados evidenciaram a necessidade de melhorias na formulação das argamassas, mas de uma forma geral, constatou-se que o aproveitamento do lodo de ETA como matéria-prima geopolimérica é uma alternativa bastante promissora para a destinação deste resíduo, podendo torná-lo um produto com valor agregado e útil para a sociedade. |