Perfil Imunofenotípico e Inflamatório de Pacientes Graves e Convalescentes pela Infecção do SARS-CoV-2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Silva Junior, Alexander Leonardo
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8588604910962305, https://orcid.org/0000-0002-5645-252X
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10775
Resumo: Introdução: A COVID-19 é uma doença respiratória pulmonar aguda, transmissível por gotículas de ar liberadas por pacientes infectados. Muitos casos foram diagnosticados em 2020 e evoluíram para a forma grave, com altos números de óbito em todo o mundo, e já foi observado que parâmetros da resposta imunológica podem atuar como biomarcadores para desfecho clínico em indivíduos graves e internados. Entretanto, poucos estudos observaram indivíduos curados da infecção, sem interferentes, e menos ainda relacionam com a produção de anticorpos, o que salientou o desenvolvimento deste estudo para estabelecimento de novas estratégias imunológicas visando a melhoria de imunizantes e manejo de pacientes com COVID-19. Objetivo: Avaliar o perfil imunofenotípico e inflamatório de pacientes graves e convalescentes da infecção pelo SARS-CoV-2. Metodologia: Foram recrutados 51 doadores saudáveis, 12 pacientes diagnosticados com COVID-19 em estado leve, 6 moderados, 9 graves, e 138 convalescentes, que atingiram a cura clínica a cerca de 30 dias. Destes, 67 realizaram um acompanhamento longitudinal por mais dois meses. Dos participantes, foram coletados sangue total para análise por citometria de fluxo. O soro foi utilizado para quantificar o perfil de citocinas, quimiocinas e fatores de crescimento por Luminex, e dosagem de anticorpos anti-S e anti-N. Para análise de dados foram utilizados os softwares Graph PadPrism v. 9.0 e R Studio. Todas as análises foram consideradas com intervalo de confiança de 95% e valor de p significativo para p < 0.05. Resultados: Pacientes graves de COVID-19 demonstraram uma queda nos números de células NK e NKT, junto com monócitos inflamatórios e não clássicos. No soro, as concentrações de IFN-γ, CXCL10 e CXCL8 apresentaram potencial como biomarcadores imunológicos de caracterização clínica de pacientes com COVID-19. Dentro daqueles sob internação hospitalar, os que evoluíram a óbito apresentaram alta contagem de eosinófilos. Nos convalescentes, a sororeatividade para o anti-N decaiu ao longo dos três meses após a cura clínica, mas não para o anti-S. Marcadores, como a razão neutrófilo-linfócito, contagem de eosinófilos e IL-15, se mostraram altos durante toda a convalescença, embora tenha sido observada uma dinâmica inicial de produção celular. Conclusão: Com nossos achados, observamos que a exacerbação da imunidade inata na fase aguda pode aumentar o risco de óbito. Já um efeito reparador, pode colaborar na manutenção dos anticorpos IgG em convalescentes. Compreender a dinâmica imunológica envolvida na soroconversão permitirá o melhor manejo de pandemias futuras, causadas por agentes respiratórios virais, bem como estabelecer biomarcadores precisos de monitoramento e acompanhamento clínico de pacientes com COVID-19.