WaiWai Yana Komo: Rotas de transformações Ameríndias. Um estudo de caso na região das Guianas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Alexandre Aniceto
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7216913384113854
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7790
Resumo: WaiWai é um coletivo ameríndio complexo, com a maioria de falantes da família linguística Karib, que até os anos de 1950 vivia espalhado em casas coletivas/Umana localizadas entre os dois lados da Serra do Acaraí, divisa do Brasil com a Guiana. Este coletivo, a partir do convívio com missionários, decidiu se unir e viver em grandes aglomerados denomidos comunidades WaiWai. Por isso considero que somos um povo misturado. E, com essa afirmação, argumeto que na atualidade os chamados WaiWai correspondem àquelas pessoas que se conhecem há muito tempo, fazem visitas e estabelecem trocas milenares e hoje quando questionam sobre sua origem dizem que são os WaiWai. Diferente daqueles que viviam no século passado, antes do convívio nos aglomerados, quando essa questão não fazia parte de suas preocupações e mantinham as diferenças entre si, hoje todos sabem reconhecer suas semelhanças e diferenças. Hoje é muito comum ouvir o discurso que antes dos missionários os WaiWai eram “puros” e depois que passaram a viver todos juntos em grandes comunidades eles foram se “misturando”. Os jovens acreditam que ainda existem WaiWai “puros”e dizem que eles estão na Guiana. Essa questão já foi abordada por muitos outros antropólogos que trabalharam com os WaiWai e agora ela também passa a ser o foco da minha pesquisa. Para tratar desse assunto, realizei um estudo buscando saber o que os outros antropólogos disseram e também tive a oportunidade de conversar com minha avó Ahmori e com o velho líder dos Karapauyana Pararaka. Ele foi o líder dos últimos moradores de uma casa coletiva atraídos para viver nos aglomerados WaiWai em meados dos anos de 1980 por Ewka, meu avô paterno.