Vivendo em uma cidade tropical de concreto: variações na diversidade e abundância em uma assembleia de psitacídeos (Aves; Psittacidae) em uma grande metrópole da Amazônia
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Zoologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7359 |
Resumo: | As espécies da fauna reagem de maneiras distintas ao processo de urbanização devido às variações na capacidade adaptativa de cada grupo taxonômico e do contexto urbano onde estas espécies estão inseridas. Pouco se sabe sobre os efeitos da urbanização sobre a biodiversidade em cidades localizadas nos trópicos, região que hospeda a maior parte da biodiversidade do planeta. É necessário, portanto, que se realizem estudos em diferentes contextos urbanísticos, em especial em regiões de alta biodiversidade como a Amazônia. Neste estudo documentamos as variações espaciais e temporais na diversidade e abundância de psitacídeos em Manaus, Amazonas, para avaliar as relações entre tais variações e as características socioambientais desta área urbana. Censos audiovisuais de psitacídeos foram realizados em 12 bairros de Manaus com variabilidade nas características ambientais e socioeconômicas. Também foram coletados dados de percentagem de área verde e de renda média dos moradores de cada bairro amostrado. Registramos 14 espécies de psitacídeos, o que a destaca Manaus como uma das cidades com maior diversidade psitacídeos no Brasil. A maioria das espécies de psitacídeos que ocupa a área urbana de Manaus é proveniente de ambientes rurais, especialmente de hábitats sujeitos a alagamentos sazonais. A abundância relativa das duas espécies mais comuns de psitacídeos Brotogeris versicolurus e Psittacara leucophthalmus foi maior entre os meses de setembro e fevereiro. As outras 12 espécies, em contraste, não apresentaram diferenças significativas entre os meses de amostragem. O número de espécies de psitacídeos é maior em bairros com maior proporção de área verde. Por outro lado, a renda média dos moradores dos bairros não esteve relacionada com a diversidade e a abundância dos psitacídeos. Manaus hospeda uma assembleia de psitacídeos diversa e representativa do bioma Amazônia. As características socioambientais dos bairros, especialmente a quantidade de área verde e densidade populacional humana afetaram a diversidade, abundância e composição de espécies de psitacídeos no espaço urbano de Manaus. Administradores públicos e moradores de cidade poderiam adotar algumas medidas como manejo de arborização urbana baseada na relação ecológica animal-planta, isto poderia beneficiar os psitacídeos e favorecer a presença destes animais em cidades, minimizando de certa forma o impacto da urbanização na população destas aves, já ameaçadas pela perda de habitat. Entre estas medidas sugeridas destacam-se a proteção de vegetação nativa em áreas de expansão urbana e recuperação de vegetação nativa ou exótica em quintais e espaços públicos. |