Análises morfométricas em otólitos de espécies do gênero Cichla em rios da bacia Amazônica
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências Pesqueiras nos Trópicos |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7958 |
Resumo: | Com a finalidade de aumentar o arcabouço de técnicas que possibilitam o avanço sobre o conhecimento dos parâmetros populacionais das espécies de peixes, o presente estudo utilizou duas abordagens morfométricas empregando técnicas tradicionais (medidas lineares) e geométricas (forma), sobre as espécies do gênero Cichla, com o objetivo de estabelecer relações morfométricas entre o corpo e o otólito, e distinguir espécies e populações através da forma do otólito sagitta. Para isso, foram amostrados os otólitos sagittae das espécies Cichla temensis, C. orinocensis e C. monoculus, coletadas em três rios (rio Negro, rio Uatumã e rio Jatapú) pertencentes à bacia Amazônica. A partir do uso das medidas lineares foram estabelecidas relações entre o corpo e o otólito da espécie Cichla temensis. Os modelos de regressão linear para o peso e o comprimento dos otólitos em relação as mesmas dimensões corporais do peixe mostraram fortes correlações, principalmente para a variável peso com um r2 = 0,92, enquanto o comprimento teve um r2 = 0,77. Indicando assim que as dimensões dos otólitos podem ser usadas para estimar o tamanho dos indivíduos da espécie estudada, podendo ser adaptadas também para outras espécies de peixe. Quando avaliado a forma dos otólitos sagittae para discriminar espécies e populações de Cichla, foram verificadas diferenças entre ambos os grupos. Dentre o grupo das espécies, a forma do otólito sagitta do C. temensis mostrou ser completamente diferente das espécies C. monoculus e C. orinocensis. Enquanto no grupo das populações de C. temensis, os indivíduos dos rios Negro e Jatapú mostram-se diferentes independe dos métodos utilizados para descrever a forma dos otólitos. As diferenças encontradas na forma do otólito no grupo das espécies podem estar relacionadas diretamente com fatores genéticos, enquanto que a morfologia dos otólitos das populações podem estar sobre influencias das variações ambientais. Esses resultados confirmam a capacidade de diferenciações de espécies e populações através da morfologia dos otólitos, no entanto, são necessários mais estudos para verificar o papel do efeito genético em comparação aos efeitos ambientais e bióticos para esclarecer as diferenças observadas nos otólitos. |