A comunicação entre a equipe de saúde e as mulheres internadas em um serviço de ginecologia da cidade de Manaus, Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Bruna Borges
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8770505975580468, https://orcid.org/0000-0002-0607-8998
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9476
Resumo: Introdução: A comunicação é uma das principais ferramentas de trabalho utilizadas pela equipe de saúde. Muitas falhas nesse processo ocorrem devido à ausência de escuta ativa, falta de postura empática e comunicação não dialógica, restrita ao mero repasse de informações. Objetivos: avaliar a percepção das pacientes quanto a comunicação com a equipe de saúde, além da satisfação e o entendimento delas sobre a informação prestada acerca do seu quadro de saúde. Método: estudo transversal com abordagem quantitativa utilizando um instrumento de coleta de dados elaborado pela própria autora e aplicação do Mini Exame do Estado Mental. A amostra estudada foi composta por 30 mulheres internadas em pré-operatório no serviço de ginecologia. Os dados coletados foram digitados e tabulados por meio do programa Microsoft Office Excel, versão 2007. Para averiguar a associação entre as questões foi utilizado o teste de qui-quadrado. A análise dos dados foi realizada utilizando o software R 4.2.0, considerando o nível de significância de 0,05 (5%) para tomada de decisões. Resultados: As mulheres eram majoritariamente casadas, pardas, católicas, procedentes da capital, com idade entre 40 a 49 anos, possuindo entre 9 a 11 de estudo, com ocupação “do lar”, renda de 1-2 salários mínimos e classificadas dentro dos critérios de Brucki no MEEM que apresentou significância estatística no cruzamento com os anos de estudo. Os técnicos de enfermagem explicaram sobre as medicações, mas os enfermeiros não orientaram sobre o curativo no pós-operatório. A equipe de enfermagem não questionou se as pacientes tiveram dúvidas, diferentemente dos médicos. Porém, os médicos não explicaram as possíveis complicações, os cuidados e as medicações necessárias no pós-operatório, utilizando uma linguagem difícil durante a comunicação. A maioria não sabia as medicações que estava utilizando, os cuidados necessários com a ferida pós-operatória, os riscos e as complicações da cirurgia e os cuidados após a alta em relação a retomada de atividades diárias. As pacientes estavam satisfeitas com a comunicação, não tinham dúvidas quanto ao seu diagnóstico, mas buscavam informações na internet sobre seu quadro. Conclusão: os resultados chamam atenção de profissionais, gestores e pesquisadores para a necessidade de melhorias no processo de comunicação entre equipe de saúde e paciente, não restringindo esse processo a um mero repasse de informações, mas utilizando sempre uma comunicação dialógica que garanta qualidade e segurança no cuidado prestado.