Análise comparativa da morfometria do parênquima renal humano no segundo trimestre gestacional entre fetos normais e anencefálicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Diniz, André Luiz Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Rim
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18424
Resumo: O objetivo do presente trabalho é avaliar o a morfometria do parênquima renal dos rins de fetos normais e anencefálicos, no segundo trimestre da gestação, comparando as diferenças volumétricas entre lateralidade e gênero nos grupos. Definir curva de crescimento do volume do parênquima renal de acordo com idade, peso e comprimento cérvice-cóccix (CVC). Foram estudados 84 fetos normais (40 femininos, 44 masculinos) e 18 fetos anencefálicos (8 femininos e 10 masculinos), totalizando 204 unidades renais dissecadas com a ajuda de lente (ampliação 16/25X), cujos diâmetros foram aferidos em comprimento longitudinal, largura do polo superior, largura do polo inferior e espessura. O volume total do rim foi calculado por meio de fórmula das elipsoides. A pelve renal dissecada era medida em comprimento e largura. O volume da pelve foi calculado, usando a fórmula das elipsoides (em fetos formolizados, a pelve não contém urina, logo, considerou-se a espessura da pelve em 1mm) e, da diferença destas medidas, o volume do parênquima renal. A normalidade de cada amostra foi aferida pelo teste de Shapiro-Wilk. A comparação de amostras pareadas de lateralidade foi aferida pelo teste de Wilcox-Mann-Whitney ou o teste-t e a análise estatística, quanto ao gênero dentro de cada grupo e entre os dois grupos, foi avaliada pelo teste-t ou Kruskal-Wallis de acordo com o teste de normalidade. Regressão linear simples foi realizada para cada um dos parâmetros de volumetria renal quanto à idade, peso e CVC. A idade gestacional da amostra variou entre 12 e 23 semanas pós-concepção. Não se evidenciou diferenças estatisticamente significativas quanto à lateralidade em ambos os grupos. O VPqR médio no grupo de fetos normais foi de 749,87mm³ e 820,76mm³ para o sexo masculino e feminino, respectivamente. O VPqR médio no grupo de fetos anencefálico foi de 507,10mm³ e 915,23mm³ para o sexo masculino e feminino, respectivamente. As regressões lineares foram positivas em todas as análises. O VPqR, em ambos os grupos, correlacionou-se positivamente com a idade fetal, peso e CVC. Estas curvas de crescimento de VPqR fornecem uma referência para o volume funcional do rim durante o período fetal estudado. É reconhecido que somente o conhecimento da similaridade da volumetria renal entre indivíduos normais e anencefálicos não esgota o assunto, entretanto, espera-se que o presente estudo possa adicionar dados para futuras discussões quanto à captação de rins de fetos anencefálicos para doação.