Evidências da orientação de enfermagem para o autocuidado de clientes com doença renal crônica em terapia renal substitutiva: perspectiva estética/sociopoética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Xavier, Brunno Lessa Saldanha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11130
Resumo: A revelação da dimensão imaginativa referente ao sobreviver do indivíduo com DRC em TRS e à sua convivência com as mesmas, além do desenvolvimento de novas perspectivas tecnológicas e metodológicas do cuidado em enfermagem, com vistas à adoção da perspectiva estética e sociopoética do cuidar em enfermagem, são objetivos do estudo. Escolheu-se a Teoria de Nola Pender como marco teórico e a Sociopoética (SP) como marco teórico-metodológico. Os dados foram produzidos mediante os métodos: estudo epidemiológico; investigação clínica; estudo sociopoético, com a instituição do Grupo-Pesquisador (GP) em oficina do autocuidado (AC), utilizando-se a técnica DCTM. Realizou-se em Campos dos Goytacazes Rio de Janeiro - Brasil, em 2013 e 2014, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UERJ. Foram sujeitos 48 indivíduos com DRC em hemodiálise, distribuídos equitativamente em grupo controle e experimental. Para análise quantitativa utilizou-se estatística descritiva e inferencial com o Software Statistica, além de testes não-paramétricos. Nos dados qualitativos aplicou-se a análise categorial da SP, sendo a descrição mediante o estudo global com predominância do filosófico. A maioria (58,3%) dos clientes são mulheres; 62,5% de etnia negra; 58,3% com escolaridade até o ensino fundamental e 67% com renda familiar até 2 salários mínimos. A média de idade foi 49 anos, sendo 71% dependentes da hemodiálise há mais de 2 anos e 66,7% a conhecem como único tratamento. Tem hipertensão, 85,4% dos sujeitos. Limitação de líquido incomoda 45,83% e 29,17% de ambos os GPs respectivamente. 75% e 62,49% clientes de ambos os GPs, respectivamente, admitiram mudanças em alguma esfera de convivência. Apenas 4 e 1 clientes nos grupos controle e experimental se preocupavam com os cuidados para o controle da doença desde o seu início. Somente 4 clientes (2 de cada grupo) conheciam algo sobre o funcionamento da TRS. Apenas 2 (8,33%) clientes (um em cada grupo) inspecionavam diariamente a fístula. 11 e 10 sujeitos dos grupos de controle e experimental desconheciam o quanto de líquido podiam beber ao dia. 17 (70,83%) do grupo experimental desconheciam os cuidados necessários após transplante. 24 (12 de cada grupo) acreditavam no transplante como cura. Desenvolveu-se a Oficina SP do AC como estratégia metodológica e tecnológica do cuidar, para trabalhar o AC acerca do convívio com a DRC. Delimitou-se 34 subcategorias, originando 7 categorias temáticas, descritas no estudo sociopoético global. Verificou-se que aqueles que receberam o ensino para o AC evidenciaram os melhores e mais expressivos resultados no tocante à ampliação/aquisição/aplicação de conhecimento para se autocuidar e melhorar o convívio com a DRC. A compreensão do imaginário dos sujeitos, mediada pela Teoria de Nola Pender, descortinou fatores interferentes e motivadores do AC, visando valorização da vida. Demonstrou-se que se pode criar um ambiente interativo, ao se priorizar/cultivar laços de empatia e confiança no relacionamento cliente/profissionais. A proposta/estratégia para se desenvolver o atendimento ao cliente na perspectiva estética e sociopoética, é exatamente a possibilidade de cliente e profissional planejarem juntos as atividades, ações e condutas de AC. Esse caminho torna-se viável quando o profissional considera a fala/percepção do cliente como protagonista do processo, conforme preconiza a Teoria Sociopoética.