Imigração e saúde pública: a recepção de imigrantes no Rio de Janeiro (1850-1930)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Costa, Julianna Carolina Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22182
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo compreender como as condições sanitárias da cidade do Rio de Janeiro, associadas às concepções médico-científicas influenciaram as práticas de recepção e acolhimento dos imigrantes que chegavam ao Brasil, entre 1850 e 1930. Durante a maior parte desse período, o Porto do Rio de Janeiro foi a principal porta de entrada de imigrantes no país, o que exigia a necessidade de ações eficazes de recepção, controle e encaminhamento dos estrangeiros recém-chegados. Paralelamente, as condições sanitárias da cidade demandavam a adoção de medidas de proteção à saúde dos imigrantes, pois as constantes epidemias de febre amarela os atingiam com intensidade, agravando ainda mais os surtos epidêmicos que se desenvolviam na capital do país. Assim, com a função de controlar o fluxo imigratório e as questões sanitárias advindas da imigração, foi organizado um sistema que incluía a Inspeção Geral de Saúde dos Portos, o Hospital Marítimo de Santa Isabel e os diversos lazaretos e hospedarias que foram estabelecidos até a criação do Lazareto da Ilha Grande (1885) e da Hospedaria da Ilha das Flores (1883). Ao analisar os relatórios do Ministério do Império e do Ministério da Justiça, mais especificamente a seção relativa à saúde pública, é possível perceber como os saberes médico-científicos foram fundamentais na definição dos locais de recepção, assim como na estrutura e organização de tais instituições.