A estética implícita de Henri Bergson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cwajgenberg, Igor
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22168
Resumo: Toda filosofia explícita envolve uma metafísica implícita. No bergsonismo, a filosofia da natureza é implicitamente uma metafísica do tempo, razão pela qual essa metafísica é indiscernível de uma estética, uma vez que o problema do tempo implica o da criação. A partir de uma direção metafísica que se desenvolve em uma original concepção filosófica do tempo, Bergson instaura perspectivas das quais extrai linhas problemáticas relativas à criação como um todo, da vida afetiva profunda e impessoal até a criação artística e filosófica. No entanto, ele não dedica nenhum livro ou mesmo capítulo de livro para tratar desses problemas especificamente. Embora haja muitas passagens marginais em que ele trata explicitamente da emoção criadora, do processo de criação artística, das obras de arte e da criação filosófica, a sua estética implícita está diluída ao longo de sua obra e se evidencia inclusive em passagens que não abordam essas questões diretamente. É essa estética implícita que pretendemos deslindar neste trabalho, elaborando concepções mais nuançadas da experiência e da realidade segundo o empirismo superior de Bergson e sua primorosa descoberta do virtual; explorando a relação insuspeita entre a intuição e a emoção criadora, nas imediações de uma singular concepção da liberdade; discernindo o nexo conceitual entre a duração, a diferença e a virtualidade, decisivo para apreender os conteúdos vitais da dinâmica afetiva profunda; e explicitando a relação íntima entre o plano afetivo impessoal e a criação no seio de um vitalismo estético, para finalmente tratar dos processos artísticos e filosóficos em todas as suas fases, até a consistência das obras uma vez consumadas, a sua expressividade latente e o seu impacto estético.