Diálogos interculturais e ambientes alfabetizadores na escola
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9990 |
Resumo: | Esta pesquisa tem como objetivo investigar o processo de alfabetização das crianças da comunidade dos Hervanos. A investigação tem como lócus uma escola rural de regime de classes multisseriadas, a Escola Estadual Municipalizada Bom Jardim, do município de Cachoeiras de Macacu, que atende a referida comunidade. Os Hervanos , como é chamada, é uma comunidade tradicional fixada no município há, pelo menos, 200 anos, que tem suas origens em etnias africanas e indígenas e que se constituiu através de laços familiares. Tal comunidade é descrita pela maioria da população cachoeirense como diferente dos demais habitantes da cidade. A motivação para o desenvolvimento da pesquisa foi o alto índice de fracasso na alfabetização das crianças da escola, apontado pelos dados da Secretaria Municipal de Educação de Cachoeiras de Macacu de 2009. A pesquisa se norteou pelas seguintes questões: a diferença entre a cultura formal da escola e dos alunos da comunidade dos Hervanos poderia se constituir como um fator significante para o baixo índice de alfabetização? Até que ponto a perspectiva monocultural presente na escola ao rotular e estereotipar diferenças culturais sobrepõe novos empecilhos ao processo de apropriação da leitura e da escrita? Inspirada por uma abordagem qualitativa, de cunho etnográfico, a pesquisa levantou os dados em entrevistas informais com a comunidade escolar - professoras, funcionárias atuais e aposentadas, e com a comunidade dos Hervanos moradores mais antigos; em levantamentos documentais na Secretaria Municipal de Educação e na secretaria da escola e em oficinas desenvolvidas com as crianças na escola. Tendo como principais interlocutores teóricos Sarmento, Larrosa, Gusmão, Araújo, Freire, Ong e Vieira, a pesquisa procurou encontrar pistas para a produção de um ambiente alfabetizador enriquecido por um diálogo intercultural na escola, que contribuísse para a re-valorização das vozes, dos conhecimentos e das práticas sociais das populações historicamente excluídas da escola. |