Os horizontes de expectativa da primeira recepção crítica do Eu, de Augusto dos Anjos (1912 a 1914)

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Santos, Tiago José dos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso embargado
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras; Brasil; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Letras
• Palavras-chave em Português: Augusto dos Anjos; Estética da recepção; Recepção crítica; Anjos, Augusto dos, 1884-1914 - Crítica e interpretação; Anjos, Augusto dos, 1884-1914. Eu; Literatura brasileira – História e crítica; Literatura - Estética; Reception aesthetics; Critical reception; LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21903

No presente trabalho, foram analisados nove ensaios, e mais uma entrevista, dedicados à primeira edição do Eu, de Augusto dos Anjos, lançada em 1912. Os ensaios críticos em questão foram publicados em jornais e compreendem o período desde a publicação da obra até a morte do poeta, em 1914. Como fundamentação teórica, o trabalho analisa, primeiramente, os problemas da crítica impressionista. Em seguida, busca embasamento na Estética da Recepção, em obras como História da literatura como provocação à teoria literária, de Hans Robert Jauss, que nos permitiu abordar o conceito de “horizonte de expectativa”; A literatura e o leitor, livro organizado por Luiz Costa Lima, e Estética da recepção e história da literatura, de Regina Zilberman. Complementamos nosso referencial com as obras Altas literaturas, de Leyla Perrone-Moisés, em que promovemos uma reflexão a respeito dos critérios para a composição de cânone – bem como a respeito das relações de poder que esta prática implica –, e Estrutura da lírica moderna, de Hugo Friedrich, de que nos apropriamos dos conceitos de “categorias positivas/negativas”. Como resultado, vimos que, apesar de alguns textos críticos do período abordado exaltarem as características positivas do Eu, no geral, a postura da crítica era de caráter biográfico, psicológico, impressionista ou determinista, e, baseado nesses fatores, a obra sofreu rejeição por parte da crítica especializada em seu primeiro lançamento