As práticas amorosas das mulheres romanas na corte de Augusto em Ars Amatoria, de Ovídio (séc. I d.C.)
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23462 |
Resumo: | Nesta dissertação, analisamos os diferentes padrões de intimidade feminina descritos pelo poeta latino Publio Ovídio Naso. Nosso estudo investiga como essas mulheres gerenciavam suas relações amorosas no contexto do cotidiano romano, utilizando a obra Ars Amatoria, escrita entre os anos 1 e 2 d.C., como documento principal. A pesquisa concentra-se na segunda metade do século I a.C. e no início do século seguinte, um período em que Augusto estabeleceu o Principado e implementou um programa de reformulação ética na sociedade romana. O objetivo foi compreender as táticas de sedução que Ovídio apresenta para os diferentes tipos femininos puella, femina, mulier, amicae e dominae, e como essas poderiam ter influenciado o cotidiano amoroso das matronas romanas. A abordagem teórica baseia-se na História Cultural, com ênfase nos conceitos de táticas, estratégias, espaço e lugar desenvolvidos por Michel de Certeau. A metodologia adotada foi a Análise de Conteúdo. Concluímos que Ovídio, empregou táticas narrativas para descrever as práticas amorosas femininas em Roma, revelando como essas mulheres encontravam significado e navegação em um mundo dominado por estruturas masculinas de poder. Ao registrar os padrões de intimidade das mulheres romanas em um nível prático, o seu poema demonstra que elas conseguiam subverter as normas estabelecidas que lhe colocavam em uma posição de inferioridade, adquirindo o direito de escolher, conquistar e manter seus amores clandestinos, o que as colocava como alvo estratégico das legislações éticas promulgadas por Augusto em seu governo. |