Fracionamento biomonitorado de frações do extrato hexânico de Pterodon polygalaeflorus quanto à atividade antinociceptiva e estudo do mecanismo de ação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pinto, Fabiana de Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16185
Resumo: Os metabólitos secundários produzidos por plantas tiveram um papel fundamental no desenvolvimento da química orgânica sintética moderna. Historicamente, o desenvolvimento desta ocorreu paralelamente ao estudo de plantas, principalmente a partir do século XIX. Os frutos do gênero <i>Pterodon</i> estão disponíveis comercialmente no mercado da flora medicinal, sendo amplamente utilizado como, antirreumático, anti-inflamatório, entre outras. Nosso laboratório demonstrou em estudos toxicológicos com extratos de <i>P. pubescens</i> baixa toxicidade aguda além de atividade antiedematogênica e antinociceptiva do extrato e suas frações. O extrato hexânico da espécie <i>Pterodon polygalaeflorus</i> também apresentou atividade antinociceptiva e anti-inflamatória (Pinto et al., 2013). O objetivo deste trabalho foi realizar o fracionamento/subfracionamento do extrato hexânico de <i>Pterodon</i> polygalaeflorus (EHxPpg) e estudar o seu potencial antinociceptivo e mecanismo de ação. O fracionamento do EHxPpg gerou quatro frações, das quais a Fr2Ppg apresentou a maior atividade antinociceptiva nas doses de 0,1 e 1 mg/kg com inibição de 92,7% e 55,8% respectivamente, no teste de contorções abdominais. Na Fr2Ppg foram identificados como majoritários o óxido de cariofileno, o espatulenol, o E,E-farnesol, assim como derivados do vouacapano e do geranilgeraniol, compostos descritos na literatura por suas propriedades antinociceptivas e anti-inflamatórias. O fracionamento da fração Fr2Ppg foi realizado, gerando cinco subfrações, das quais as mais ativas foram a SF2.5.4 e a SF2.5.5 nos modelos de nocicepção, modelo de contorção abdominal induzido por ácido acético, teste de imersão de cauda, teste de formalina e o modelo de capsaicina. O estudo do mecanismo de ação dessas subfrações sugeriu que possam estar agindo através de receptores opioides localizados em vários níveis da transmissão da nocicepção, no mecanismo envolvendo a via da guanilato ciclase e da NO sintase neuronal. A SF2.5.5 parece agir também no mecanismo adrenérgico sugerindo a ação dessas substâncias na via descendente por receptores α2. A determinação da constituição química do vegetal é necessária para garantir a ação farmacológica e a qualidade no desenvolvimento de um novo fitoterápico.