Estudo de corte transversal sobre a função endotelial associada à aptidão física e características antropométricas de alunos do CAP UERJ
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12799 |
Resumo: | A prevalência do sedentarismo entre jovens escolares é preocupante devido à sua relação com fatores de risco para doenças cardiovasculares. Essas doenças, de um modo geral, se desenvolvem a partir de um processo aterosclerótico oriundo da disfunção endotelial e que pode se iniciar, silenciosamente, nas primeiras décadas de vida. O objetivo deste estudo foi identificar possíveis relações entre níveis de aptidão física, hábitos de atividade física e respostas microcirculatórias, traduzidas pela função endotelial de adolescentes com e sem sobrepeso ou obesidade. Para testar a hipótese proposta, realizou-se um estudo transversal com alunos do Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro na faixa etária entre 15 e 20 anos. A amostra, composta por 114 alunos, foi classificada em três estratificações para estudo e comparação. A primeira foi definida pela atividade física, por meio do escore obtido pelas respostas ao questionário PAQ-C, e pelo índice de massa corporal (IMC): sedentários com excesso de peso (SEP); sedentários eutróficos (SEU); ativos com excesso de peso (AEP); e ativos eutróficos (AEU). A segunda foi definida pela aptidão cardiorrespiratória, a partir da performance no teste yoyo endurance nível 1, e IMC: baixa performance com excesso de peso (BPEX); baixa performance eutrófico (BPEU); alta performance com excesso de peso (APEP); e alta performance eutrófico (APEU). A terceira estratificação foi definida pela aptidão cardiorrespiratória e pelo sexo. Avaliou-se a adiposidade corporal pelas medidas de cintura, quadril e abdômen, e pelo cálculo da relação cintura-quadril (C/Q) e cintura-estatura (RCE). A pressão arterial foi medida por equipamento digital. A avaliação da reatividade vasculr foi feita pelo exame da tonometria arterial periférica realizado pelo aparelho EndoPat 2000 e do sistema nervoso autonômico pela variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Nos grupos estudados não se observaram diferenças na função endotelial apesar de 42% da população estudada ter apresentado disfunção endotelial. A associação entre a relação cintura-estatura e a reatividade vascular esteve presente entre as meninas, e a aptidão cardiorrespiratória foi capaz de influenciar essa associação. As meninas de baixa performance (BP) apresentaram circunferência abdominal e IMC maiores que as de alta performance (AP). Os alunos classificados como ativos apresentaram maior variabilidade da frequência cardíaca que os classificados como sedentários. Entre os subgrupos estratificados pela aptidão cardiorrespiratória, os de baixa performance (BPEU e BPEX) apresentaram valores significativamente diferentes na pressão arterial, sendo maiores nos com excesso de peso. As variáveis autonômicas cardíacas apresentaram, inexplicavelmente, comportamento inverso do esperado, sendo observado, nos grupos com excesso de peso, maior atividade parassimpática e menor atividade simpática que nos eutróficos. Concluímos que, nos adolescentes estudados, apesar das diferenças no perfil cardiorrespiratório e nos hábitos de atividades físicas, não foi encontrada diferença na função endotelial, com o método utilizado, não sendo possível, ainda, corroborar a hipótese proposta. |