Imagens da pedagogia: uma genealogia das relações entre cinema e educação no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Chavez, Marcio Blanco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8849
Resumo: A História da relação entre cinema e educação em escolas brasileiras já possui cerca de 80 anos, se considerarmos como marco de política pública nacional a criação do Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE) em 1937. De lá para cá, a exibição de conteúdo audiovisual na escola se consolidou como prática corriqueira em detrimento das possibilidades pedagógicas que a produção de filmes oferece para a educação, como é o caso do primeiro filme realizado por alunos em um curso de cinema dentro uma escola pública em 1963, uma experiência apagada da historiografia do cinema e da educação no Brasil. O presente estudo mapeia as condições que modularam dois modos de funcionamento do cinema na educação exibição e produção audiovisual ao longo desses 80 anos com o objetivo de fornecer subsídios para analisar práticas atuais no ensino formal, como é o caso dos projetos Cineclube nas Escolas e Anima Escola. Quais as implicações que a exibição e produção de filmes na escola tem para o processo pedagógico? Essa pergunta será respondida através de uma genealogia das relações entre cinema e educação no Brasil a partir da análise de três filmes e das forças que incidiram sobre sua realização em diferentes períodos: Os Músculos Superficiais do Homem (1936), O Parque (1963) e O Suicídio (2017). Os três filmes foram realizados no contexto do ensino formal e expressam, cada um a seu modo, as diferentes formas de relação entre cinema e educação nesses 80 anos. O mapeamento dos modos de regular tal relação em cada período foi realizado por meio do levantamento de diversos tipos de fontes e de arquivos: filmes, documentos oficiais, artigos jornalísticos, observação participante e entrevistas. Os arquivos que resultaram desse mapeamento foram vistos e organizados através de um mesmo filtro : a relação entre imagem e palavra que atravessa as experiências de produção e exibição desses filmes. A análise desse conjunto de dados permite fazer uma reflexão crítica a respeito de uma alfabetização audiovisual na atualidade e aponta a urgência de incluir o gesto criador do aluno no centro da relação entre cinema e educação