Hipotensão pós-exercício em pessoas com histórico de acidente vascular cerebral: uma análise metodológica e fisiológica do fenômeno
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18460 |
Resumo: | A tese se divide em dois estudos que tratam dos aspectos metodológicos e fisiológicos da hipotensão pós-exercícios (HPE) em pessoas com histórico de acidente vascular cerebral (AVC). Objetivos do estudo metodológico: (i) avaliar a ocorrência e reprodutibilidade da HPE a partir de diferentes abordagens [A_1 =pós‐exercício-pré‐exercício; A_2=pós‐exercício-pós‐CTL; A_3=(pós‐exercício-pré‐exercício)-(pós‐CTL-pré‐CTL)] após duas sessões de treinamento misto em circuito (TMC); (ii) avaliar a proporção de respondentes a HPE a partir de diferentes valores de corte (4 mmHg vs. mínima diferença detectável, MDD). Objetivos do estudo fisiológico: (i) investigar se uma única sessão de TMC promoveria a HPE em pessoas com histórico de AVC; (ii) avaliar possíveis mecanismos associados a HPE. Sete participantes (58 ± 12 anos) realizaram duas sessões de TMC e uma sessão controle sem exercício (CTL). A pressão arterial (PA) sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM), frequência cardíaca (FC), débito cardíaco (Q), resistência vascular sistêmica (RVS), sensibilidade barorreflexa (SBR) e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foram avaliados 10 min antes e durante 40 min (laboratorial). A PA e a VFC foram avaliadas pelas 24h seguintes (ambulatorial). Resultados do estudo metodológico: O coeficiente de correlação intraclasse de duas vias e efeitos aleatórios (ICC2,1) variou para PAS entre 0,580-0,829 para A1, 0,937-0,994 para A2 e 0,278-0,774 para A3. Para PAD, o ICC2,1 variou entre 0,497-0,916 para A1, 0,133-0,969 para A2 e 0,175-0,930 para A3. A proporção de respondentes a HPE foi maior em A1 e A2 (PAS: ~14-57%, PAD: ~42-57%; p < 0,05) mas não em A3, a partir do valor de corte de 4 mmHg vs. MDD. Resultados do estudo fisiológico: A PAS (∆-22%), PAD (∆-28%), RVS (∆-43%), SBR (∆-63%), e atividade parassimpática (HF; componente de alta frequência: ∆-63%) reduziram durante os 40 min pós-TMC vs. CTL (p < 0,05), enquanto Q (∆35%), atividade simpática (LF; componente de baixa frequência: ∆139%) e balanço simpato-vagal (razão LF:HF: ∆145%) estiveram aumentados (p < 0,001). Durante 10h (vigília) de medidas ambulatoriais a PAS (∆-7%), PAM (∆-6%) e HF (∆-26%) permaneceram reduzidas, e LF (∆11%) e a razão LF:HF (∆13%) permaneceram aumentadas pós-TMC vs. CTL (p < 0,05). Conclusões: A abordagem A2 é mais confiável que A1 e A3 para determinar HPE em pessoas com histórico de AVC, e que o uso da MDD como valor de corte para identificar os respondentes é uma estratégia mais conservadora do que o uso do valor de 4 mmHg. Uma única sessão de TMC é capaz de promover HPE em pessoas histórico de AVC. A HPE é seguida de diminuição da RVS e SBR e aumento do balanço simpato-vagal. |