Extrato de chá verde (Camellia sinensis): um potencial agente antitumoral em células de câncer de mama
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7244 |
Resumo: | O chá verde (CV) (Camellia sinensis) tem sido amplamente estudado por sua propriedade antioxidante, atribuída às suas catequinas. Estes compostos fenólicos demonstraram potencial de inibir a carcinogênese, porém os mecanismos envolvidos não estão completamente esclarecidos. Nosso objetivo foi obter um extrato de chá verde (ECV) rico em compostos fenólicos e avaliar seu potencial antitumoral no câncer de mama humano. A infusão de chá foi preparada na proporção de 1 g:40 mL de água utilizando combinações de tempo/temperatura (70-100 ºC/5-15 min). As infusões foram avaliadas pelo conteúdo de polifenóis (Folin-Ciocalteu) e pelo potencial antioxidante (FRAP). Células de câncer de mama (MDA-MB-231 e MCF-7) e células não tumorais mamárias (MCF-10A) foram expostas a diferentes concentrações de ECV (31,5 μg/mL a 1,0 mg/mL) durante 24 h-48 h, e a viabilidade celular foi avaliada (Alamar Blue® e Azul de Tripan). Ensaios de viabilidade celular na presença de pifitrina-α, um inibidor da proteína supressora de tumores p53, também foram conduzidos. Análises de imunocitoquímica e Western bllotting foram realizadas para determinar a expressão de p53. Nossos resultados demonstraram que não houve influência da condição de extração sobre o conteúdo total de polifenóis e potencial antioxidante do CV, sendo um novo extrato obtido a 80 ºC/5 min e liofilizado para aplicação em cultura de células. Após exposição por 24 h, o ECV foi eficaz para reduzir a viabilidade de ambas as linhagens tumorais, sendo mais efetivo sobre a linhagem MDA-MB-231 (IC50 MDA-MB-231 = 138,8 μg/mL; IC50 MCF-7 = 324,5 μg/mL), sem produzir efeito citotóxico em células não tumorais (IC50 MCF-10A = 10097 μg/mL). Além disso, o ECV aumentou os níveis de p53 em células MCF-7, que expressam a forma selvagem desta proteína. Um efeito oposto foi observado na linhagem MDA-MB-231, alterada para p53, na qual seus níveis parecem reduzidos. Todos esses achados sugerem que o ECV apresenta potencial anticarcinogênico sobre células tumorais de mama e, possivelmente, esse fenômeno está relacionado à modulação da proteína p53 |