Impactos da pandemia da COVID19 no processo de trabalho: percepções de agentes comunitários de saúde de uma cidade da macrorregião Jequitinhonha

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Carvalho, Juliana Machado de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas; Brasil; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família, Mestrado Profissional em Rede Nacional (PROFSAÚDE)
• Palavras-chave em Português: Community health worker; Occupational health; Surveillance of the workers health; Primary health care; COVID-19; Agentes comunitários de saúde; Saúde do trabalhador; Vigilância em saúde do trabalhador; Atenção primária à saúde; Saúde pública - Jequitinhonha, Rio, Vale (BA e MG); CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22350

A pandemia da COVID19 transformou e ainda afeta o cotidiano da sociedade e especialmente dos serviços de saúde em todo o mundo. A Atenção Primária em Saúde (APS), porta de entrada do sistema de saúde no Brasil, conta com os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), categoria de trabalhadores e trabalhadoras responsáveis por ações de promoção de saúde, prevenção de agravos e vigilância em saúde. Apesar da importância destes profissionais, ACSs são frequentemente menos lembrados no processo de trabalho e são a categoria mais suscetível a não ser protegida pela prevenção quinquenária, compreendida como o cuidado dos profissionais de saúde de modo a fornecerem cuidado apropriado à população à qual presta esse serviço. Estudar os impactos da pandemia da COVID19 na perspectiva das ACSs, pode ajudar a identificar ações específicas para este grupo, no âmbito da política de saúde do trabalhador, alertando gestores e e equipes de saúde da família. O objetivo desta pesquisa é analisar a percepção de ACS do município do Serro (MG) sobre o impacto causado pela pandemia da COVID19 no seu processo de trabalho sob a ótica da prevenção quinquenária. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, realizando entrevistas semiestruturadas, com 7 ACSs da APS do município em questão. As entrevistas foram analisadas através do método de análise de conteúdo de Bardin, e categorizadas em mudanças no processo de trabalho, acesso aos serviços de saúde e tecnologia digital; e acesso à informação. A categoria mudanças no processo de trabalho é subdividida em 3 subcategorias: as barreiras sanitárias e o trabalho das ACS; as visitas domiciliares em tempo de pandemia, e novas atribuições e novos protocolos relacionadas à pandemia. A análise das entrevistas revelou que as ACS contribuíram diretamente no controle de casos da COVID19; revelou a urgência no estabelecimento de espaços de educação permanente especialmente na vigência de uma emergência de saúde pública, que garanta o acesso a informações pertinentes às ACS, promovendo a qualidade da educação em saúde. Revelou também que o uso de tecnologias digitais é importante para a ampliação do acesso aos serviços de saúde e, portanto, devem ser tomadas medidas que garantam que as horas de trabalho das ACS não sejam extrapoladas, sendo esse um dos cuidados para o bem estar desta categoria.