Os impasses na clínica da melancolia: a identificação com o objeto e a dor de existir

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fernandes, Lucas Guilherme
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19716
Resumo: O presente trabalho busca discutir a identificação com o objeto perdido e a dor de existir como elementos cruciais à clínica da melancolia. Consideramos que a melancolia remete à fuga estrutural do sujeito em seu dever de bem dizer o desejo. Desse modo, ela escancara a dor de existir, tendo como efeito uma covardia moral. Estas questões puseram-se em nosso percurso a partir de um caso, no qual buscamos elucidar os impasses frente ao diagnóstico estrutural. Neste trabalho, sublinhamos, em Freud, a anestesia psíquica como elemento principal da melancolia que resulta numa inibição psíquica, empobrecimento pulsional e uma manifestação dolorosa. Devido a “hemorragia libidinal”, o eu melancólico é esvaziado e empobrecido. No tocante ao objeto, estabelecemos as consequências da perda no luto e na melancolia. A partir disso, destacamos que a identificação com o objeto será um elemento crucial para avançarmos na distinção diagnóstica do caso e focalizar as questões em jogo na melancolia e na histeria. Por fim, em direção à questão da dor de existir, sintagma que aparece na obra de Lacan, examinaremos algumas distinções importantes acerca da dor e do gozo na histeria e na melancolia. Em oposição ao desejo e a exigência ética de bem dizê-lo, emerge a covardia moral e a tristeza como rechaço do inconsciente, entretanto, tal rechaço produz efeitos diferentes na neurose e na psicose.