“Em primeiro lugar, comer”: Educação, Conhecimentos e Interculturalidade nos Cotidianos Escolares em Nampula – Moçambique
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17313 |
Resumo: | A pesquisa que esta tese pretende traduzir teve como objetivo compreender, nas relações tecidas cotidianamente, os modelos de produção simbólica vigentes nas comunidades escolares e como estes (des)estabilizam linguagens e visões sobre Educação, Conhecimentos e Interculturalidade em Moçambique. O ponto de partida está relacionado às constatações da pesquisa de Mestrado que indicava persistir, nos cotidianos escolares de Nampula, tensionamentos e conflitualidades entre diferentes redes de produção de conhecimentos, mormente, a escola e os ritos de iniciação, o que sinalizava a necessidade de fundar diálogos entre estas instâncias. Esta tese propõe que tais diálogos dão-se metáforicamente à volta da fogueira. A fogueira é apresentada como possibilidade de uma compreensão coletiva e intercultural da vivência em contextos comunitários em que é preciso viver e sonhar. O “em primeiro lugar, comer” (MBEMBE, 2013) apresenta-se como signo valioso para a compreensão destes cotidianos, suas relações com a educação escolar, e os sentidos mobilizados no contexto das comunidades escolares. As conversas desenvolvidas com alunos/as, professores/as e outros sujeitos nos Cotidianos Escolares da cidade de Nampula e do distrito de Murrupula, permitem compreender que os “dramas existenciais” presentes nos espaços educativos e de produção de conhecimento em Moçambique denunciam as mazelas do colonialismo e apontam que a proposição hegemônica deste – que se dá pelo desejo do apagamento do outro – propicia frestas mantenedoras do “fogo epistêmico” de que se refere sua ocupação escolar. Ao indicarem processos de marginalização, narrarem suas proposições de futuro e outros “dramas” dos cotidianos, estes sujeitos anunciam um jeito engenhoso de pensar a Interculturalidade, Educação e Conhecimentos. |