Prospecção de Zinco e Chumbo na região de Lídice (RJ): uma campanha geoquímico-geofísica na reavaliação de horizonte mineralizado
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19820 |
Resumo: | A região de Rio Claro está localizada na porção sudoeste do Estado do Rio de Janeiro e compreende os metassedimentos neoproterozoicos do Grupo Raposo da Faixa Ribeira. Na década de 70, foi realizada uma campanha prospectiva na região pela empresa Riofinex visando à exploração de Zn-Pb. A mineralização foi caracterizada como sedimentar singenética encerrada sob intercalação de litotipos carbonáticos, em subsuperfície, e representada pela subunidade Lídice III. As pesquisas realizadas pela Riofinex resultaram em teores médios de 2,0% Zn, 0,3% Pb e 50 ppm Ag, que, aliados à pouca espessura e à falta de continuidade das camadas mineralizadas, contribuíram para a avaliação negativa do prospecto pela empresa. As reservas medidas e indicadas foram, respectivamente, de 1.600t (com 950t Zn) e 9.200t (5.500t de Zn). A possibilidade de uma continuidade longitudinal do horizonte mineralizado é o alvo desta pesquisa. A subunidade Lídice III, com espessura aproximada de 500 m, compreende quartzitos impuros, quartzitos carbonáticos e rochas calcissilicáticas. O quartzito carbonático é o litotipo hospedeiro da mineralização sulfetada. O controle da mineralização é aparentemente litólogico, e os principais minerais de minério são esfalerita, pirrotita, pirita e galena. Para esta pesquisa, utilizaram-se as técnicas de prospecção geofísica (magnetometria e gamaespectrometria) e geoquímica (em sedimento de corrente). Foram realizadas três seções geofísicas, transversais à camada mineralizada, acompanhando três principais drenagens: Ribeirão das Várzeas e os córregos das Canoas e Passa Dezoito. As amostras de sedimento de corrente, coletadas em drenagens de primeira e segunda ordens na fração menor que 80 mesh, foram analisadas em 63 elementos químicos por meio do método analítico ICP-MS (Inductively Coupled Plasma Techniques) e ICP-OES (Inductively Coupled Plasma Optical Emission Spectroscopy), com abertura por água régia no Actlabs (Canadá). A análise dos dados magnetométricos observados nas três seções sinaliza um aumento dos valores médios na Unidade Lídice III evidenciado pela presença de magnetita nos quartzitos da região. O aumento observado pode estar associado à maior espessura aparente desta camada, fato que foi observado durante as atividades de campo. A camada mineralizada exibiu um padrão estável (poucos spikes nos perfis magnetométricos), sugerindo que a subunidade Lídice III se projeta para nordeste, até o Ribeirão das Várzeas. As aquisições gamaespectrométricas e os perfis empilhados dos radioelementos eU, eTh e K, aliados às razões eTh/eU, eTh/K e eU/K, permitiram traçar contatos entre as subunidades metassedimentares, assim como delimitar corpos intrusivos (pegmatito, diques, gabros e veios de quartzo) na região do estudo. A campanha por sedimento de corrente discriminou domínios anômalos de Ba, Hg e Mo observados nas seções transversais à continuidade do horizonte mineralizado. Portanto, a campanha prospectiva integrando dados geoquímicos, geofísicos e litológicos mostrou que a região é promissora para a pesquisa, uma vez que há a possibilidade de um prolongamento para nordeste do horizonte enriquecido em zinco e chumbo. |