Imaginário, subjetividade e hegemonia no pensamento pós-marxista: contribuição para uma renovação teórica da análise política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bedê, Francisco Julião Marins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19481
Resumo: A tese apresenta uma reflexão a partir do campo da teoria social geral, tendo como objeto central a relação entre imaginário, subjetividade e hegemonia no pensamento pós- marxista. Consideramos como tradição ou corrente pós-marxista aquele conjunto de autores que, fortemente influenciados pela psicanálise e pela “virada linguística” na filosofia durante a segunda metade do século XX, partiram do marxismo rumo à elaboração de modelos teóricos voltados para elucidar o papel da subjetividade e dos universos simbólicos na criação das formas de vida social e na construção das dinâmicas política. Desta tradição, três autores destacam-se como especialmente relevantes: Cornelius Castoriadis, Ernesto Laclau e Slavoj Žižek. A reflexão empreendida consiste em tomar o conceito de imaginário de Castoriadis como eixo-central que organiza a presente discussão, destacando a sua importância para a produção de avanços e inovações no campo da teoria social e da análise política e, ao mesmo tempo, apontando os seus impasses e limitações. O argumento principal é que o conceito de imaginário deve ser pensado em diálogo com a noção de hegemonia, o que permitiria sanar as suas inconsistências, contribuindo para a sua efetiva mobilização no âmbito da análise social e política. Para isso, discutiremos a relação entre o imaginário e o carácter processual do mundo social, tendo como base o conceito subjetividade coletiva elaborado pelo sociólogo brasileiro José Domingues. Em seguida, adentramos a temática da relação entre imaginário e política, na qual o foco é a noção de hegemonia originalmente elaborada por Gramsci e posteriormente desenvolvida no seio da tradição pós-marxista por autores como Laclau e Žižek. Na esteira desse debate, avanço uma reflexão com base no conceito de ideologia de Žižek, propondo um modelo sintético sobre como pensar o imaginário a partir das relações hegemonia, indicando também um potencial caminho de inovação para a análise política com base na temática pouco explorada da duplicidade do imaginário, isto é, do papel estruturante do seu componente não-simbolizado / não-publicizado.