Relação entre empatia e altruísmo em mães e filhos no final da infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Moura, Hysla Magalhães de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17575
Resumo: A necessidade de criar laços intragrupais e agir visando o benefício de terceiros parece estar presente desde o início da história de nossa espécie e em diferentes sociedades. Compreender os comportamentos pró-sociais e as emoções relativas a eles é fundamental para entender a natureza humana, suas limitações e suas habilidades. Neste sentido, a presente tese buscou investigar acerca da empatia e do altruísmo uma vez que estes fenômenos permitem entender as necessidades físicas e emocionais de outras pessoas, assim como partir em auxílio de outrem. No que tange especificamente ao altruísmo, refere-se a um comportamento em prol de outrem que implica custo para o benfeitor, seja no que tange a tempo, dinheiro ou mesmo disposição. Já quanto à empatia, assume-se que a mesma estaria compreendida em dois processos que se traduzem na implicação emocional e no potencial de compreender as emoções de terceiros. Vale ressaltar, ainda, a importância de se estudar a parentalidade uma vez que esta tem se mostrado fundamental para o entendimento das manifestações iniciais dos comportamentos pró-sociais de crianças. Assim, essa tese teve como objetivo verificar a relação entre a empatia e o altruísmo em mães e filhos, para crianças no final da infância. Participaram do estudo 40 crianças de ambos os sexos, com idade entre oito e 12 anos, e suas mães. Quanto aos instrumentos e as tarefas, aplicou-se nas mães a Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal-versão reduzida, a Escala de Altruísmo Autoinformado, a Escala de Desejabilidade Social de Marlowe-Crowe e um questionário sociodemográfico. Já com as crianças, realizou-se tarefas de empatia e de altruísmo, e aplicou-se a Escala de Desejabilidade Social Infantil. As análises de dados foram realizadas a partir do pacote estatístico SPSS, versão 22.0. De modo geral, os resultados indicaram que a empatia e o altruísmo expresso por mães e filhos não apresentam relações estatisticamente significativas. Contudo, verificou-se que os níveis de altruísmo e de comportamento de doação dos filhos se mostraram positiva e significativamente associados. No que se refere ao primeiro achado mencionado, supõe-se que isto se deveu a fatores como a possíveis problemáticas de sensibilidade das medidas empregadas (escalas e tarefas de empatia e altruísmo), a quantidade reduzida de participantes e a quantidade e a qualidade de vivências empáticas e altruístas anteriores. Já quanto à associação verificada entre os níveis de altruísmo e comportamentos de doação dos filhos, entende-se que isto pode se dever ao entendimento gradativo que as crianças vão adquirindo quanto aos ganhos de agir altruisticamente. Acredita-se que conhecer as implicações da parentalidade sobre os comportamentos pró-sociais possa contribuir com as definições de pesquisas futuras e para a elaboração de programas de desenvolvimento destes comportamentos pró-sociais, voltados especificamente para pais e filhos.