Evidências longitudinais do medo de quedas e parâmetros espaço-temporais da marcha de idosos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Drummond, Flávia Moura Malani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4816
Resumo: O objetivo geral desta Tese foi avaliar o medo de quedas em idosos sob uma perspectiva longitudinal e avaliar a relação entre o medo de quedas e os parâmetros espaço-temporais da marcha. Seus objetivos específicos foram: a) estimar a incidência e a persistência do medo de quedas em quatro anos e seus fatores de risco (Artigo 1); b) avaliar a associação entre o medo de quedas e os parâmetros espaço-temporais da marcha (Artigo 2). A pesquisa é um subprojeto do Estudo de Fragilidade em Idosos Brasileiros, seção Rio de Janeiro (FIBRA-RJ), que teve seu início em 2009, a linha de base do estudo, e que reavaliou os idosos em 2013 (fase de seguimento). Os idosos avaliados eram clientes de uma operadora de saúde, moradores da zona Norte do Rio de Janeiro, com 65 anos ou mais. Para o artigo 1, foram avaliados 393 idosos, que participaram das duas fases. O artigo 2 utilizou os dados de 291 idosos, que participaram da fase de seguimento e que aceitaram participar da coleta de dados da marcha, através do GAITRite®. O medo de quedas foi avaliado através da Falls Efficacy Scale (FES-I-BR). No primeiro artigo, a associação entre o medo de quedas e os fatores de risco foi avaliada através de análises multivariadas, através da Regressão de Poisson. A incidência do medo foi de 33,5% e os fatores de risco foram: usar 7 ou mais medicamentos e relatar pior nível de atividade. A persistência do medo de quedas foi de 71,3% e os fatores de risco: usar 7 ou mais medicamentos, história de 1 ou 2 quedas, diminuição da velocidade de marcha, déficit auditivo, declínio cognitivo, sintomas depressivos e autopercepção de saúde ruim/muito ruim. No artigo 2, o medo de quedas foi associado com os seguintes parâmetros da marcha: diminuição da velocidade, da cadência, do comprimento do passo e da passada e aumento do tempo do passo. O medo de quedas não foi associado com a variabilidade. Conclui-se que a incidência e a persistência do medo de quedas possuem fatores de risco distintos, e é uma condição que deve ser avaliada nos idosos, com potencial para interferir nos parâmetros da marcha, aumentando o risco de quedas, lesões e perda de capacidade funcional. Espera-se que os resultados desta Tese contribuam para um maior reconhecimento desta condição nos idosos, e que permita sua detecção e intervenções apropriadas.