Segue o “fluxo”! Emoções a partir de uma etnografia numa cena de uso de crack no centro da cidade do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Ciências Sociais Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23323 |
Resumo: | A pesquisa discute os desdobramentos sociais do consumo problemático de crack por moradores e frequentadores de uma ocupação no centro da cidade do Rio de Janeiro, sobretudo daqueles estigmatizados sob a pecha de “noia” ou “cracudos”, ou seja, indivíduos que construíram um sentido próprio de vida em torno do consumo de crack. Para tanto, busco entender o contexto social em que estão inseridos, seus hábitos, demandas e emoções. Assim, através de uma etnografia da ocupação Colombo, penso sobre as representações sociais em torno do uso considerado problemático de crack, analisando em que medida essas representações são internalizadas ou não pelos usuários e moradores da cena pesquisada. Procuro também examinar, a partir dos relatos e das histórias de vida dos usuários e moradores, as gramáticas emocionais relativas ao uso problemático de crack. Aqui, a vergonha emerge como afeto central, atravessando as trajetórias de vida dos meus interlocutores, conferindo sentindo e contribuindo na construção de uma identidade a partir de uma imagem que tem como referência a percepção do outro sobre si. Finalmente, gostaria de propor que a vergonha pode ser entendida como a maneira pela qual os moradores e frequentadores da ocupação acabam por internalizar a “cultura da evitação”. A vergonha surge como expressão de um certo ressentimento pela forma como são vistos e tratados pelos “outros” e se reflete na própria “construção de si”. |