A Produção Mães do crack : desconstruções e deslocamentos
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14723 |
Resumo: | O presente trabalho estuda as lógicas das políticas públicas instituídas no Brasil, relacionadas às práticas de cuidados de mulheres gestantes, usuárias de crack em situação de rua no Rio de janeiro e pretende contribuir com alguns subsídios para o fortalecimento do debate sobre as práticas atuais de atendimento dessas mulheres nos serviços públicos de saúde da cidade. As análises têm como suporte as propostas conceituais de Michel Foucault, Gilles Deleuze, Félix Guattari e René Lourau, em particular o estudo sobre as relações de poder, as produções subjetivas, a sujeição, as análises cartográficas, a análise da implicação, o lugar da ética e o cuidado de si. Aqui são discutidas as formas de produção do sujeito usuário de drogas, dentre eles as gestantes, as demandas que levam tais sujeitos a buscarem atendimentos especializados, bem como o modo de subjetivação daqueles que se dedicam ao seu cuidado. As problematizações têm como ponto de partida algumas situações de atendimento, os registros feitos em diário de campo e as legislações existentes no campo da saúde pública. São também apresentadas algumas análises sobre as práticas de cuidado de gestantes usuárias de drogas em Portugal (que descriminalizou o consumo de drogas em 2001), observadas durante um estágio de 04 (quatro) meses na Universidade de Lisboa, pelo Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), da CAPES. Ao final do estudo é possível pensar que políticas públicas brasileiras instituídas e dirigidas aos usuários de drogas, dentre eles as gestantes, por mais que pretendam ser inovadoras e progressistas, fazem parte de uma produção subjetiva constituída por regras e normas que universalizam e generalizam, impedindo, muitas vezes, a prática da liberdade tanto das gestantes usuárias de crack quanto daqueles que se ocupam do seu cuidado |