Circulação de baixa frequência no canal da Ilha Grande, Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Oceanografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18627 |
Resumo: | A existência de uma circulação persistente entre as porções W e E da Baía de Ilha Grande (BIG), através do Canal da Ilha Grande (CIG), foi reportada em trabalhos das décadas de 1970 a 1990, nos quais as séries temporais de dados analisadas não ultrapassaram os 30 dias. A limitada abrangência temporal desses dados não permitiu a nenhum dos estudos pretéritos abordar sistematicamente a existência de uma corrente para E com caráter permanente ou semipermanente no CIG. Além do caráter temporal, não existe um consenso a respeito dos mecanismos responsáveis por essa corrente, dentre os quais já foram apontados o gradiente de densidade horizontal e o gradiente de pressão barotrópico, ambos estabelecidos internamente, entre as porções W e E da BIG. Neste contexto, foi conduzida no presente trabalho a análise de uma série temporal contínua, registrada nos anos de 1998 e 1999, contendo mais de 15 meses de dados de elevação do nível do mar, corrente e temperatura medidos a 12m de profundidade no píer do terminal de óleo do TEBIG (Petrobras), localizado no CIG. Com isso, determinouse que a corrente em questão apresenta um caráter temporal permanente, considerando o período dos 15 meses analisados, com velocidade média de 6,90 cm.s-1 para E. Ademais, foram conduzidos experimentos numéricos tridimensionais de alta resolução espacial, abrangendo toda a Plataforma Continental Sudeste (PCSE) até o interior das Baías de Ilha Grande e Sepetiba. Com isso, contatou-se que a corrente no CIG está associada a uma corrente costeira em subsuperfície, que por sua vez, está relacionada a uma célula de circulação ciclônica sobre a PCSE, provocada pelo ajustamento dos campos de densidade sobre a plataforma. Constatouse também que a estrutura vertical da coluna d’água no canal é dominada pelo primeiro modo empírico, que respondeu por 96% da variância das correntes paralelas ao canal e foi relacionado à circulação provocada pelos gradientes de densidade fora da BIG. O segundo modo respondeu por 2% da variância total e foi associado ao vento sobre a plataforma adjacente à BIG. |