#Soudoaxé: redes educativas e o ciberativismo da Juventude de Terreiro da nação Ijexá
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10310 |
Resumo: | Compreender como os candomblecistas utilizam as redes sociais digitais no combate ao racismo: racial e religioso e na formação da identidade étnico-racial foi/é o objetivo principal desta pesquisa. O campo da pesquisa é o Terreiro Ilê Axé Odé Omopondá Aladê Ijexá, situado no município de Ilhéus, na Bahia. Constituem-se como atores sociais da pesquisa os pertencentes deste Terreiro. A pertença da pesquisa engaja-se no movimento da perspectiva epistemológica ancestral com os cotidianos educativos nas redes sociais: Terreiro e Redes Sociais Digitais e pela ousadia no uso da metodologia da etnopesquisa implicada. Meu primeiro movimento como pesquisadora, comprometida com as lutas como candomblecista afroativista, foi acompanhar e participar das narrativas digitais e das práticas cotidianas nos espaçostempos da pesquisa. Os dispositivos de etnocompreensões da pesquisa sugerem que as narrativas digitais dos atores sociais da pesquisa estão imbricados com os seus percursos formativos e com a sua implicação política na luta por reconhecimento e pertencimento. Produzindo e potencializando possibilidades de mobilização na luta pela afrovisualidade nos diversos contextos midiáticos e educativo a partir dos saberesfazeres com os usos do digital em rede, a Juventude de Terreiro entrelaça seus cotidianos com os encantamentos da sua estética afro religiosa compartilhada nas redes sociais digitais, estabelecendo outros sentidos e outras vivências. Estamos chegando à segunda década do século XXI, e no ano passado, o Brasil completou 130 anos de abolição da escravatura. Mas ainda precisamos ir às ruas lutar por liberdade religiosa. A tese apresenta alguns dispositivos de aprendizagem sobre o ciberativismo da Juventude de Terreiro nas suas lutas mais acirradas contra o racismo religioso. Além da militância digital dessa juventude, dialoguei com alguns teóricos, entre eles/as, Ivana Bentes, Massimo Di Felice e Eduardo Oliveira, para compreender em que medida o ciberativismo e as epistemologias ancestrais se aproximam enquanto categorias de compreensão das insurgências e das brechas que os atores sociais fazem nas/das/com as redes digitais como dispositivo de afrovisualidade nas disputas narrativas. O aporte teórico para compreender o direito de olhar e de ser visto serão as discussões produzidas pelos teóricos decoloniais Fanon, Mirzoeff, Mbembe e Hall. Por fim, seguindo as minhas apostas e provocações, descreverei como a epistemologia do pertencimento pode colaborar na construção de uma educação antirracista e consequente na formação de uma sociedade inter-religiosa. O autoreconhecimento como candomblecista é o dispositivo de aprendizagem que os atores sociais da pesquisa utilizam nas suas autorias no ciberespaço. Quem se reconhece como sujeito/sujeita de luta atravessados/as pela beleza e a alegria de ser do axé compreende que pertence a uma religião que historicamente é ultrajada, mas que tem na potência do viver em comunidade a força para seguir resistindo |