Enquanto a cirurgia não chega: a experiência dos pacientes na fila de espera de Artroplastia total de quadril

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Harbache, Laila Maria Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11173
Resumo: Este estudo tem como objetivo geral conhecer o significado que tem para a pessoa a experiência de aguardar na fila de Artroplastia total de quadril. E como objetivos específicos: analisar o significado que tem para a pessoa a experiência de aguardar na fila de Artroplastia total de quadril e propor um plano de cuidado de enfermagem para assistir o paciente que se encontra na fila baseado na teoria de enfermagem de Joyce Travelbee. Estudo do tipo descritivo com abordagem qualitativa, aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisada UERJ e da Instituição campo de coleta de dados, com os seguintes pareceres: CAAE 79594817.8.0000.5282 e 79594817.8.3001.5273, respectivamente. Foi desenvolvido em um Instituto especializado em traumatologia e ortopedia na cidade do Rio de Janeiro com 17 participantes, sendo sete mulheres e dez homens, na faixa etária de 31 a 80 anos. A coleta de dados ocorreu nos meses de março e abril de 2018, onde foram realizadas as entrevistas no referido Instituto. Para tratamento dos dados, utilizou-se a análise de conteúdo delineada por Bardin, emergindo quatro categorias e seis subcategorias: I- Minha vida antes do comprometimento articular; II- Mudanças na vida frente à limitação articular (Limitações físicas que causam restrição na vida; Modificações na rotina após a doença e Limitações socioafetivas geradas pela doença); III- Sentimentos vivenciados enquanto a cirurgia não vem (Sentimentos vivenciados ao receber o diagnóstico cirúrgico; Sentimentos vivenciados enquanto espera pela cirurgia e Sentimentos vivenciados pelo paciente quando ele é chamado para realizar a cirurgia); IV- Recursos utilizados para gerenciamento dos efeitos da doença enquanto a cirurgia não vem (Família como rede de apoio; Crença religiosa como suporte frente à espera e Busca de tratamentos para amenizar os efeitos da doença). Análise dos resultados se deu à luz da teoria de enfermagem de Joyce Travelbee. Os principais resultados evidenciam que os pacientes precisaram aguardar de 3 a 10 anos pela cirurgia e esse tempo os afetou tanto física quanto psicologicamente, com a piora da dor, aumento das limitações físicas, afastamento do convívio social e prejuízo emocional, trazendo implicações para o cuidado de enfermagem sob a ótica da teoria de Joyce Travelbee. Conclui-se que o tempo de espera prolongado pode afetar integralmente a saúde do paciente, sendo necessário criar estratégias como um acompanhamento por telemonitoramento com vistas a acolher as demandas desses pacientes durante o tempo de espera, favorecendo assim, a redução de danos à saúde.