Formação de biofilme por espécies de Streptococcus
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14390 |
Resumo: | O gênero Streptococcus compreende espécies clinicamente importantes que são responsáveis por uma grande variedade de pelo sucesso destes microrganismos na persistência de algumas infecções. O objetivo deste estudo foi investigar e comparar a formação de biofilmes por 19 espécies do gênero associadas a infecções humanas e animais. Biofilmes foram formados nos meios BHI, THB e HIB e em diferentes concentrações de glicose ou de sacarose, e avaliados pelo método semiquantitativo do cristal violeta. A influência de ampicilina e de eritromicina sobre a atividade e biomassa dos biofilmes foi avaliada por de ensaios de viabilidade utilizando azul de Alamar e pelo método semiquantitativo do cristal violeta, respectivamente. A presença de DNA e proteínas na substância polimérica extracelular foi determinada em ensaios de destacamento, após tratamento com DNase ou proteinase K. A arquitetura dos biofilmes e a distribuição de células vivas e mortas foram observadas por microscopia ótica de luz e confocal de varredura a laser (MCVL). Todas as amostras foram produtoras de biofilmes. As espécies S. pyogenes e S. agalactiae foram fortes produtoras, de acordo com os padrões definidos (DO570nm > 1,0). Os valores de DO dos biofilmes formados em diferentes meios de cultura variaram de acordo com a espécie. A adição de açúcares, resultou no aumento da biomassa dos biofilmes. Porém, este aumento não foi proporcional a concentração. As concentrações mais favoráveis de glicose variaram entre as espécies. Entretanto, a maioria apresentou maior biomassa em 0,25% de glicose. Para a sacarose, os resultados não variaram muito nas diferentes concentrações testadas. A concentração inibitória do biofilme (CIB) para ampicilina e eritromicina atingiu valores superiores a 40.000 vezes se comparada a CIM de células em cultura. As espécies que apresentaram CIBs menores foram: S. suis, 80 µg/mL para ampicilina e eritromicina; S. porci 640 µg/mL apenas para ampicilina e S. pyogenes, 640 µg/mL apenas eritromicina. Entretanto, a maioria das espécies apresentou valores de biomassa semelhantes ao biofilme controle, na ausência de antimicrobianos. Os dados obtidos revelaram que tanto ampicilina quanto eritromicina quando em concentrações equivalentes a ½ da CIM induziram significativamente a formação de biofilme. O tratamento com proteinase K causou uma redução dos biofilmes da maioria das amostras. Porém, S. agalactiae, S. dysgalactiae subsp equisimilis, S. iniae, S. mutans, S. parauberis, S. porcinus e S. pyogenes foram as que apresentaram valores significativos (p<0,05) sugerindo a formação de estruturas ricas em proteínas. O tratamento com DNaseI resultou no destacamento dos biofilmes produzidos por S. agalatiae, S. dysgalactiae subsp equisimilis, S. equi subsp equi, S. pyogenes e S. urinalis. Entretanto, considerando-se os dois controles utilizados nos testes apenas os resultados obtidos para as amostras de S. agalactiae e S. pyogenes apresentaram resultados significativos (p<0,05). S. agalactiae e S. pyogenes apresentaram imagens representativas de maior biomassa, onde foram observadas regiões compostas por filamentos longos, que a coloração utilizada demonstrou serem constituídos de DNA extracelular. A MCVL revelou variações na relação entre a quantidade de células vivas e mortas, sugerindo tempos de maturação espécie-específicos. Apesar de estudos adicionais serem necessários, os dados obtidos demonstraram características particulares de cada espécie mesmo filogeneticamente relacionadas. |