Mudança na quantidade e qualidade do sono durante o período da pandemia de Covid-19 e a associação com atividade física e comportamento sedentário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Garcia, Magno Conceição
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18227
Resumo: O ano de 2020 foi marcado pela pandemia de Covid-19, com países de todo mundo adotando alguma forma de isolamento social, inclusive o Brasil. O maior tempo em casa decorrente das restrições impostas pela pandemia tem sido associado a mudanças no padrão de atividade física e comportamentos sedentários, bem como no padrão de sono. O presente estudo investigou possíveis mudanças na qualidade e duração do sono, durante a pandemia de Covid-19, e a associação com atividade física e comportamento sedentário. Trata-se de um estudo transversal, a partir de uma amostra de 771 estudantes adultos universitários, que ingressaram no ano de 2019 na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A coleta de dados foi realizada via web, entre agosto de 2020 e março de 2021, a partir de um questionário enviado por e-mail para todos os alunos. Matricularam-se, no ano de 2019, 4115 alunos. Desses 3973 possuíam e-mail ativo, 1 recusou assinar o termo de consentimento e 771 responderam ao questionário. Para minimizar os efeitos da alta taxa de não resposta (80,6%) realizou-se uma ponderação segundo sexo e curso. Nas análises, foram utilizadas prevalências expandidas, intervalo de confiança de 95% e estimadores de associação por regressão logística que utilizou o procedimento survey do software SAS. Regressão logística multinominal comparou piora à categoria melhora do sono/não alteração. A prevalência ponderada de inatividade física, definida como o não alcance de 150 minutos semanais de atividade física, foi de 51,7% nas mulheres e 41,4% nos homens. Já para o tempo sedentário, apenas 24,8% da amostra demonstrou passar menos de 8 horas por dia nesses comportamentos. Mais de 50% da população declararam piora na qualidade do sono, bem como sintomas de ansiedade e depressão. Somente 16,2% dos estudantes referiram melhora do sono. Houve um aumento de prevalência de estudantes com duração excessiva de sono (10,5%), que não se associou ao padrão de atividade física. Quanto à qualidade do sono, comparados aos estudantes inativos, os ativos não apresentar proteção significativa para piora do sono (OR: 0,9; 95% IC: 0,65 – 1,35), nem quando estratificado por ansiedade, depressão ou tempo de isolamento. Os sedentários também não apresentaram associação significativas com a qualidade do sono. Conclui-se que a pandemia afetou negativamente a saúde de jovens universitários, piorando o sono e apresentando mais tempo sedentário. A piora do sono não foi atenuada pela pratica de atividade física.