Qualidade de vida de pessoas que vivem com HIV/aids em uma perspectiva temporal no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Cinthia Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11444
Resumo: O presente estudo teve como objetivo geral analisar as representações sociais da qualidade de vida entre pessoas que vivem com HIV/Aids em uma perspectiva temporal. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. Foi adotado como referencial teórico-metodológico a Teoria de Representações Sociais. Os sujeitos do estudo foram 34 pessoas que vivem com HIV/aids em tratamento nos serviços de atendimento especializado localizados nos bairros do Catete, Copacabana e Tijuca. A coleta de dados se deu através da aplicação de um questionário de caracterização socioeconômica e clínica e de entrevistas semiestruturadas, durante o período de abril a julho de 2016, realizada em dois momentos distintos. A análise dos dados socioeconômicos e clínicos foi realizada com o auxílio do software SPSS 20.0 e a análise das representações sociais foi apoiada pelo software IRAMUTEQ. O grupo estudado caracterizou-se, majoritariamente, pelo sexo masculino (82,4%), com uma média de idade de 29 a 39 anos (38,2%), escolaridade com ensino superior completo ou pós-graduação (47,1%), empregados (82,4%), com renda pessoal acima de 2.602,00 reais (44,1%), com tempo de diagnóstico dos seis aos 17 anos e 11 meses (35,3%), com tempo de uso de terapia antirretroviral até cinco anos e onze meses (43,3%). Os resultados da análise da qualidade de vida em diferentes momentos temporais demonstraram a existência de particularidades sobre a representação social da qualidade de vida em cada momento temporal. A percepção da qualidade de vida no passado demonstra uma memória negativa relacionada as dificuldades enfrentadas no momento da descoberta do HIV; o entendimento da qualidade de vida no presente se encontra associado aos hábitos de vida considerados como essenciais para uma vida melhor; já a percepção da qualidade de vida no futuro indica uma visão positiva sobre o futuro, relacionada a melhorias no tratamento ou mesmo a descoberta da cura da aids. Conclui-se que as representações sociais acerca da qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV/aids foram construídas a partir das variadas percepções sobre o que seja qualidade de vida. Essas percepções estão relacionadas aos diversos aspectos relativos ao cotidiano de viver com o HIV/aids, onde o sujeito passa por um processo de ressignificação da vida a partir do tempo de convívio com o diagnóstico alterando, dessa forma, a sua representação do que seja qualidade de vida.