As facetas do sagrado e do literário na poesia mística de San Juan de la Cruz e de Murilo Mendes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Almeida, Alexandra Vieira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6065
Resumo: Pretendemos analisar nesta tese as semelhanças entre o discurso do literário e o discurso do sagrado em dois poetas místicos: San Juan de la Cruz e Murilo Mendes. Vamos perceber os pontos de junção entre os dois discursos. Apesar de terem obras poéticas tão afastadas no tempo, encontramos como pontos de semelhança nelas a relação entre o humano e o divino, o erotismo, a expressão barroca. Como diferenças, podemos perceber que em San Juan de la Cruz encontramos a expressão da subjetividade, enquanto, em Murilo Mendes, vemos Deus como visão da externalidade. Também veremos como os dois poetas subvertem a teologia escolástica, ao escolherem a via da teologia mística, buscando anelos não-racionais e afetivos na construção poética do sagrado. O diálogo entre amante e Amado será valorizado a partir de uma linguagem carregada de erotismo que faz ressaltar um tributo à forma que permeia os dois poetas em questão. Por sua vez, o jogo entre imanência e transcendência aparecerá na poesia de tais autores como forma de demonstrar uma poesia que não apenas segue um caminho, mas que aponta para a complexidade da pluralidade dos discursos. Portanto, tais poetas escolherão vias próximas e longínquas ao falar do sagrado