O direito à periferia: experiências de mobilidade social e luta por cidadania entre trabalhadores periféricos de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fontes, Leonardo de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15527
Resumo: O propósito desta tese é discutir a experiência de moradores das periferias de São Paulo em torno da luta pela mobilidade social e pela conquista da cidadania ao longo das três últimas gerações. A pesquisa parte do debate a respeito da ascensão social recente no Brasil e da constatação de que os mais pobres vivenciaram mudanças substanciais em suas condições econômicas e em termos de acesso à escolarização formal, sobretudo entre meados dos anos 2000 e a primeira metade da década de 2010. Contudo, no nível urbano, em especial no caso de São Paulo, essa mobilidade social não significou nem um mobilidade geográfica para regiões centrais da cidade, nem o acesso imediato a melhores serviços públicos e à infraestrutura urbana, excluindo parcela considerável da população dos direitos consolidados na ideia de direito à cidade . Desse modo, por meio de uma pesquisa multimetodológica, que combinou métodos quantitativos com uma pesquisa de viés etnográfico, em duas regiões periféricas da cidade de São Paulo, buscou-se investigar as mudanças e permanências no modo de vida desses sujeitos a partir das modificações em seu padrão de vida. Procurou-se, então, analisar os principais elementos que marcaram as mudanças no modo de vida dessa população periférica e as formas de atuação política que articularam ao longo das últimas décadas. São analisados, portanto, elementos como a migração para a cidade, a luta pela inserção no mercado de trabalho, a constituição de movimentos sociais e a luta por direitos, a violência urbana e as diversas manifestações culturais que esses sujeitos produzem como forma de expressar seus anseios e projetos políticos e de vida. Ao final propõe-se a ideia de direito à periferia como categoria que seria capaz de compreender as demandas desses sujeitos em torno da luta pelo reconhecimento de sua condição de cidadãos plenos no território urbano, isto é, como portadores do direito a ter direitos .