O Sertão vira Calçadão: a transformação do rural em urbano em Campo Grande, Rio de Janeiro, ao longo do século XX
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21662 |
Resumo: | A tese intitulada “O Sertão virou Calçadão: as memórias da transformação do rural em urbano em Campo Grande, Rio de Janeiro” tem como objetivo geral entender a produção do espaço comercial campograndense através da análise da produção do espaço orientada a partir da compreensão das ações dos agentes, em diferentes tempos, que culminaram na materialização de diversas formas através da modificação da morfologia do rural para o urbano. Inspirado na metodologia regressiva-progressiva de Henri Lefebvre inicia-se a descrição do presente, com o auxílio da metodologia de Kevin Lynch, para obtermos a descrição da imagem do ambiente atual. Com a utilização de biografia sobre o bairro e, especialmente, pela análise de textos jornalísticos, intenciona a análise dos arranjos espaciais pretéritos e a organização espacial decorrente das atividades ligadas a economia rural tornam-se fundamentais para a compreensão da formação do espaço rural, que subjugado a ações de forças locais e distantes será moldado a outra forma, mais moderna e urbana. Ainda, busca-se entender as repercussões espaciais da transformação do rural em urbano pela chegada de objetos ligados a modernidade expressa pela manifestação do urbano corporificado no transporte ferroviário (trem e bondes) e comércio no centro do bairro, com a gênese da formação do subcentro. Examina-se a produção do espaço terciário e as forças que, em diferentes tempos e interesses, impuseram um conjunto de ações para a formação do novo sistema de objetos da área sob a nossa lupa de análise. No primeiro momento o foco é concentrado na formação da rua, que é a gênese do espaço terciário do bairro. Posteriormente, busca-se entender a criação e consolidação do “Calçadão de Campo Grande”, com a reorientação da função da Rua Coronel Agostinho para o comércio, como consequência do processo de terciarização do espaço. A formação do espaço urbano comercialmente adensado, com feições e atividades tipicamente urbanas abarcou um complexo e multidimensional campo de lutas políticas, fundiárias, sociais e econômicas. Envolveu os agentes da produção do espaço previstos (Estado, proprietários fundiários, proprietários dos meios de produção, grupos sociais excluídos e agentes imobiliários) que através do Estado confrontaram-se para o atendimento dos seus interesses de classe. As reformas urbanas conduzidas pelo Estado, coadunado com as forças do capital privado, mostraram-se essenciais para a continuidade da (re)produção que resulta no atual espaço terciário do bairro de Campo Grande. |