Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC): uma proposta de formação continuada para professoras de crianças de 4 e 5 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Araujo, Adriana Cabral Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9908
Resumo: Essa dissertação analisa a proposta de formação de professores do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), sobretudo a inserção das professoras de crianças de 4 e 5 anos, da pré-escola, nessa política nacional de formação continuada para professores alfabetizadores que vem acontecendo em todo país desde o ano de 2013. A pesquisa tem por objetivo conhecer a proposta de formação continuada do PNAIC voltada para professoras de crianças de 4 e 5 anos e coordenadores pedagógicos da Educação Infantil, considerando se a mesma respeita as crianças como sujeitos de direitos, seus saberes e as culturas das infâncias. Se traz em sua proposta as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), que trazem para a criança a centralidade na proposta pedagógica, e o respeito às infâncias na Educação Infantil. Buscamos identificar as concepções de crianças e infâncias nos documentos oficiais do PNAIC e nos cadernos de formação Leitura e Escrita na Educação Infantil , à luz da sociologia da infância com Manuel Jacinto Sarmento. Analisamos a concepção e proposta de formação continuada, assim como o respeito aos saberes docentes e as potencialidades de uma proposta de formação continuada a partir da epistemologia da prática de Maurice Tardif. A leitura dos documentos oficiais e cadernos de formação foram realizadas na perspectiva do Ciclo de Políticas de Stephen Ball, buscando compreender o contexto, as influências políticas e econômicas que contribuíram na inserção da pré-escola, nessa política de formação continuada. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, a partir da análise documental dos registros oficiais do PNAIC e dos cadernos de formação de números 0, 1, 2 e 6 e a categorização dos dados encontrados. Na perspectiva das concepções de infâncias trabalhamos as categorias: a criança como sujeito de direitos; as culturas das infâncias. Na análise sobre formação trabalhamos com as categorias: saberes e experiências docentes; sensibilização e regulação da prática. Percebeu-se o paradoxo existente entre as concepções defendidas pelo Pacto nos documentos oficiais que visam à melhoria do desempenho das crianças na Educação Infantil e Ensino Fundamental e a lógica presente nos cadernos de formação voltada para a valorização e o desenvolvimento integral das crianças, discutindo a importância das múltiplas linguagens, da participação infantil, das interações e brincadeiras. Considera-se ainda que ausência de material, o corte de bolsas, e a ausência de uma política pública de formação para Educação Infantil e não apenas a inclusão das professoras de 4 e 5 anos numa formação voltada para alfabetização, constituíram-se nos limites que inviabilizaram a continuidade da proposta.