Fôlegos: tempos de infância em refúgio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Milanez, Fernanda de Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18331
Resumo: Embora o tema dos deslocamentos não seja uma novidade no mundo, este estudo se dedica a investigar a infância refugiada na contemporaneidade. Desta forma, as questões que aqui se apresentam situam-se no imbricamento de dois campos interdisciplinares específicos: o dos Estudos interseccionais da Infância e o dos Estudos das Migrações e Refúgio, trazendo para o debate aqui proposto algumas questões relacionadas ao(s) conceito(s) de refugiado em constante debate e disputa, as legislações e as consequências dessas palavras refúgio, lei e vida em relação às pessoas cujas vidas estão ou estiveram em risco. A pesquisa coloca foco na singularidade dos sujeitos, a saber, dez crianças e adolescentes que, na condição de interlocutores ficcionais e crianças reais, desvelaram a potência e o lugar político da infância no cenário do refúgio. Ao mesmo tempo em que se dá a apresentação do campo, dos interlocutores e a forma como o estudo se desenvolveu, a filiação teórica se apresenta, alinhavando diálogos com Boaventura Santos e a Sociologia das Ausências e das Emergências; com Mafeji e a ideologia do tribalismo; com Judith Butller e seu conceito de vidas precárias; Walter Benjamin e seus conceitos de infância, arte e história e Michail Bakhtin, contribuindo com seu conceito de cronotopos. O texto foi organizado considerando dois blocos centrais: Águas e Desagues, que figuraram como portas de entrada e de saída das subseções apresentadas, onde o debate que se constituiu em cada uma delas, teve sua costura alinhavada aos temas e as infâncias circunscritos nos livros infantis, filmes e imagens com os quais a pesquisa dialogou, além das crianças com quem me encontrei pessoalmente, trazendo à tona situações presentes no cotidiano da vida desses interlocutores, demarcando o lugar da infância como um lugar de presença, contrária à invisibilidade a que ainda é submetida legal, social e politicamente.