Estudo sobre os efeitos cardiovasculares do extrato hidroalcoólico de folhas de Colônia (Alpinia zerumbet) em ratos espontaneamente hipertensos
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21858 |
Resumo: | Alpinia zerumbet é uma planta originária do oeste asiático e abundante no nordeste e sudeste brasileiro, onde é comumente conhecida como Colônia. Esta planta é muito utilizada na medicina popular, podendo-se destacar suas propriedades anti-hipertensiva, diurética e ansiolítica. Este estudo tem como objetivo investigar os efeitos do tratamento crônico com o extrato hidroalcoólico de folhas de Colônia (AZE) sobre as alterações cardiovasculares em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Foram utilizados SHRs com 90 dias de idade tratados ou não com AZE (50mg/Kg/dia na água de beber) por 6 semanas. Ratos Wistar-Kyoto foram utilizados como controle. A pressão arterial, avaliada por pletismografia de cauda, e o peso foram avaliados semanalmente. Ao final do tratamento, a urina de 24h foi coletada e, posteriormente, os animais foram anestesiados com tiopental (70mg/Kg ip) e o sangue coletado através da punção da aorta abdominal. A aorta torácica foi isolada para análise morfológica e o leito arterial mesentérico (LAM) foi isolado e acoplado a um sistema de perfusão de órgãos para a avaliação da função vascular. Foram avaliados os níveis plasmáticos de ureia, creatinina e nitrito por ensaios colorimétricos e de angiotensina (AngII) pelo método ELISA. A carbonilação de proteínas, a peroxidação lipídica e a atividade de enzimas antioxidantes foram avaliadas no plasma por espectrofotometria. Na urina de 24h foram avaliados o volume urinário, os níveis de creatinina, ureia e de peroxidação lipídica. O tratamento com AZE normalizou a pressão arterial em SHR, mas não foi capaz de melhorar a disfunção vascular, caracterizada pela redução da resposta vasodilatadora da acetilcolina e o aumento da resposta vasoconstritora da norepinefrina no LAM. Não houve diferença entre os grupos experimentais em parâmetros como peso, volume urinário, proteinúria e níveis plasmáticos de AngII e nitrito. Na urina de SHRs foram observados níveis menores de ureia e creatinina em comparação aos controles, e o AZE foi capaz de aumentar a excreção dos mesmos. No plasma de SHRs foi observado nível aumentado de ureia em relação aos controles, sem alteração pelo tratamento, ao contrário do nível de creatinina, que foi reduzido pelo AZE. Os níveis de peroxidação lipídica foram maiores na urina de SHRs comparado aos controles e normalizados pelo tratamento, mas no plasma não houve diferença entre os grupos. Observou-se um aumento do dano em proteínas no plasma de SHRs em relação aos controles, e o AZE foi capaz de diminuir o mesmo. Foi observada uma redução da atividade das enzimas catalase e glutationa peroxidase no plasma de SHRs em relação aos controles. No entanto, houve aumento da atividade dessas enzimas no grupo SHR tratado com AZE. Houve hipertrofia da camada íntima-media, bem como redução do lúmen da aorta torácica de animais SHR quando comparado aos controles. O tratamento com AZE reverteu o remodelamento na aorta neste modelo de hipertensão. Os resultados mostraram que o AZE reduz a pressão arterial e o remodelamento da aorta torácica em animais SHR, o que poderia estar relacionado, em parte, ao aumento da atividade antioxidante e à redução do dano oxidativo |