Diretrizes para suspeição do Transtorno Dismórfico Corporal em adolescentes e adultos jovens candidatos à cirurgia plástica estética
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8608 |
Resumo: | Este estudo teve por objetivo elaborar guia com diretrizes para suspeição do transtorno dismórfico corporal (TDC) em adolescentes e adultos jovens que buscam tratamento cirúrgico estético. Embora seja um transtorno psiquiátrico devastador, que geralmente começa na adolescência e que tem sido pouco investigado nesta faixa etária, é insuficientemente conhecido e mal compreendido, trazendo importantes implicações para o desenvolvimento pessoal e social, especificamente na população adolescente. Foi efetuado em duas etapas, uma quantitativa e outra qualitativa. Na etapa quantitativa, foi realizado um estudo de coorte, longitudinal, prospectivo, com 119 jovens, entre 13 e 25 anos, de ambos os sexos, candidatos à cirurgia plástica estética, no que diz respeito a dados demográficos e avaliação da imagem corporal e autoestima. Na qualitativa, foram desenvolvidos grupos focais com adolescentes candidatos e não candidatos à cirurgia plástica estética, para avaliação da influência do padrão cultural de beleza na imagem corporal. O TDC foi suspeitado em 37% dos participantes, e destes, 98% sobrevalorizaram o defeito percebido. Houve associação estatística com os sintomas do TDC e comportamentos de inibição em situações sociais, em atividades físicas em público e no exercício da sexualidade. Foi apontado que quando aumenta a gravidade dos sintomas do TDC, diminui a autoestima. Das categorias temáticas resultantes dos grupos focais, a cirurgia plástica foi vista como reparadora da autoestima nos jovens discriminados por não serem atraentes; a banalização da cirurgia plástica expressou a redução do caráter médico do procedimento e da preocupação com os riscos da cirurgia; reconheceu-se a dificuldade em se alcançar um corpo perfeito conforme difundido pela mídia; o padrão de beleza e boa aparência foram ligados à boa condição física; a rejeição e exclusão do convívio social foram reconhecidas como discriminação contra pessoas com imperfeições na aparência. Neste modelo de estudo, foi criado guia para triagem do TDC na prática da cirurgia plástica, baseado no grau de angústia (preocupação) e no comprometimento funcional (esquiva e inibição) causados pela aparência física. O discurso dos grupos indicou que as facilidades proporcionadas pelo mercado tornam a cirurgia plástica muito procurada pelos adolescentes e adultos jovens, sendo vista como meio eficaz de inclusão social que resulta no crescimento da autoestima, maior vaidade e autoconfiança. Os participantes reconheceram que o padrão de corpo perfeito propagado pela mídia influencia a autoimagem dos adolescentes e é considerado objetivo inatingível. |