Reflexões sobre o trabalho do assistente social no âmbito da saúde privada: um estudo no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lomiento, Nayara Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18449
Resumo: O presente estudo teve por escopo investigar o trabalho de assistentes sociais no âmbito de instituições hospitalares privadas, localizadas no município do Rio de Janeiro. O interesse em debruçarmo-nos sobre esta temática definiu-se por nossa experiência pregressa na área e pela premência da produção de conhecimento teórico e crítico acerca do trabalho desenvolvido pelo Serviço Social neste campo, que se pode dizer ainda pouco conhecido e debatido no meio acadêmico. Assim, tratou-se de uma pesquisa científica, realizada com base em pesquisa bibliográfica, documental, na aplicação de entrevistas semiestruturadas e na análise de conteúdo. Por meio dela, pretendeu-se analisar como se processa o trabalho do Serviço Social no âmbito de hospitais gerais privados, ou seja, as condições/relações de trabalho, as demandas e requisições dirigidas ao Serviço Social, as respostas profissionais à tais requisições, bem como a sua respectiva relação com as diretrizes do atual Projeto Crítico Profissional, comumente chamado de “Ético-Político” do Serviço Social. Ressaltamos a relevância desta investigação, em face das alterações por que passa o âmbito do trabalho na contemporaneidade — decorrentes do processo de reestruturação produtiva e da contrarreforma do Estado, deflagrados a partir da irrupção na década de 1970 do atual quadro crítico do capital — e, nele, particularmente o mercado de trabalho dos assistentes sociais. Verifica-se que este processo tem repercutido na emersão de requisições dirigidas a estes profissionais, ou seja, no redimensionamento dos seus espaços sócio-ocupacionais, suscitando, por conseguinte, a necessidade de sua apreensão crítica à luz do que dispõe a Lei de Regulamentação Profissional (Lei 8662/1993), o Código de Ética Profissional, em suma, alguns dos elementos que corporificam o denominado Projeto Ético-Político do Serviço Social. Com este estudo, objetivamos o desvendamento dos rumos que o trabalho profissional tem tomado na atualidade no referido campo da saúde privada e de suas implicações para a profissão. Destarte, a partir dele observou-se que, embora as requisições institucionais dirigidas às assistentes sociais se relacionem, essencialmente, à “mediação/resolução” de conflitos entre os consumidores, as instituições e as operadoras de saúde, além da fidelização desta mesma clientela — e, por conseguinte, ao aumento dos lucros —, as profissionais buscam ultrapassar tais demandas conservadoras, no sentido da busca pela qualificação dos serviços institucionais prestados e da orientação efetiva da população acerca dos seus direitos sociais, isto é, para além dos “direitos do consumo”.