Hidradenite supurativa: avaliação histopatológica e imuno-histoquímica do componente inflamatório e sua correlação com o prurido
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22643 |
Resumo: | Introdução: A Hidradenite supurativa (HS) é uma doença inflamatória crônica de distribuição universal, com impacto negativo na qualidade de vida e cuja prevalência é estimada em 1 a 4% da população. O prurido tem sido pouco estudado nos pacientes com HS. A oclusão folicular, seguida pela ruptura da estrutura folicular e uma reação de corpo estranho são condições necessárias para o desenvolvimento da HS e seus achados clínicos. Objetivo: Caracterizar as células componentes do infiltrado inflamatório dérmico da hidradenite supurativa e sua correlação com o prurido e a via TH-17. Métodos: Estudo prospectivo, descritivo, não controlado de peças cirúrgicas de pacientes com Hidradentite Supurativa Hurley II/III provenientes dos ambulatórios de Dermatologia de Hospital Universitário Pedro Ernesto - UERJ, no período de julho de 2017 a julho de 2020. Resultados: Foram analisadas 72 peças cirúrgicas de pacientes predominantemente do sexo feminino (65,3%) e não brancos (66,7%). As lesões predominaram nas axilas (79,7%). Clinicamente os pacientes apresentavam nódulos (98,6%), traves fibróticas (96,8%), fístula (94,3%), eritema (89,1%), exsudação (77,9%), dor (72,2%), prurido (68,3%), comedões (61,9%), mau cheiro (50,9%), hiperidrose (32,2%). Cicatrizes foram observadas em 68,4% dos pacientes. O estudo histopatológico evidenciou infiltrado inflamatório dérmico em 90,3%, predominantemente mononuclear (92,3%) com linfócitos (100%), plasmócitos (100%), histiócitos (98,5%), neutrófilos (75,4%) e eosinófilos (32,3%). Mastócitos e células de Langerhans foram observados em todas as amostras, respectivamente entre 6-68 células/mm² e 8-58 células/mm². A expressão de IL-17 foi observada em 97% das amostras. O infiltrado inflamatório exibiu padrão perivascular superficial e profundo (96,9%) e perifolicular (88,9%), estando ao redor de glândulas apócrinas em apenas 14,1% dos casos. A fibrose cicatricial se fez presente em 100%, tecido de granulação em 69,2% e fístulas em 52,7% das amostras. Conclusões: O estudo histopatológico reforça o conceito de que a fisiopatogenia se ancora em alterações foliculares e não das glândulas apócrinas, com presença de comedões, hiperceratose e dilatação dos folículos como eventos primários; o processo inflamatório é misto, com a participação linfócitos, neutrófilos, plasmócitos, eosinófilos e histiócitos; mastócitos e células de Langerhans, também estão presentes em número aumentado nas lesões; o prurido teve prevalência aumentada em relação à população geral, no entanto, nenhuma das características histopatológicas analisadas se correlacionou a ele com significância estatística. |