Mulheres cuidando de mulheres: uma relação entre sujeitos
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11316 |
Resumo: | Estudo decorrente da inquietação profissional da autora, frente à incoerência de algumas profissionais de saúde diante de uma proposta de assistência humanizada à população feminina. O discurso direciona-se para o protagonismo da mulher. Mas, no cotidiano, continuam a controlar e manipular as condutas. Sendo assim, defini como questão de pesquisa: o papel que a Enfermeira assume no encontro de cuidar-cuidado com a mulher/usuária dos serviços de saúde, em face aos novos/renovados paradigmas da assistência em saúde, no campo da saúde da mulher. Os objetivos são: descrever o papel assumido pela Enfermeira na relação de cuidar; identificar como a Enfermeira se compreende nessa relação de cuidado; e discutir como as práticas de cuidado da Enfermeira evidenciam o papel que assume na relação de cuidar. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa utilizando o método história de vida, mais precisamente a life story. As sujeitas da pesquisa foram 12(doze) Enfermeiras Obstétricas que vivenciam diretamente o cuidado da população feminina. A técnica utilizada foi a entrevista aberta aplicada por meio da pergunta: Fale-me o que você considera importante a respeito de sua vida como mulher e que tenha relação com o cuidar de mulheres. Para análise dos dados obtidos, utilizou-se a análise temática dos discursos. Foi utilizado multi-referencial teórico, que incluiu Daniel Bertaux, Robby Davis-Floyd, Marie Françoise Collière, Milton Mayeroff, entre outros. A análise dos dados permitiu a identificação de três categorias: as mulheres que eu vejo em mim quando me encontro com a mulher que cuido; a mulher cuidando de outra mulher o eu com a outra; o poder (in)visível na vida das mulheres. A interpretação das categorias evidencia que as mulheres enfermeiras estão descobrindo-se mulheres a cada novo encontro de cuidado, vivenciam uma crise paradigmática no cotidiano do cuidado, assumem o protagonismo no cuidado por não reconhecerem as mulheres/usuárias como sujeito e por submetê-las às regras institucionais e/ou valores individuais, que estão em busca de empoderamento de si e das mulheres que cuidam. Vivenciando a relação humana por meio da troca de experiências, podemos aprender e crescer como seres humanos, como mulheres e como cidadãs. Portanto, é preciso que ocorra uma mudança de mentalidade na mulher Enfermeira para que seu cuidado não reflita preconceito, mas uma ação de respeito, de crescimento e de troca. |